que Ryan também não veio? O que está acontecendo com todos? Jogo minha bolsa no chão do quarto e olho ao redor. Nada havia mudado, voltei para a mesma vidinha de sempre, a vida que eu tinha antes de pisar no consultório do terapeuta bonitão. Claro que eu não sou nenhuma inocente para achar que tudo voltaria ao normal.
Pego um roupão e vou para o banheiro.
Preciso me encontrar com Ryan para acabar de vez com tudo. Eu preciso mesmo de um tempo. O que era para ser curado no consultório de Graham apenas piorou a situação, porque agora eu não tenho mais medo de sexo. Ao contrário, estou obcecada por isso. Mas só irá me satisfazer se for com uma única pessoa na face da terra. Um homem que meu bom senso insiste em odiar, mas que faz meu coração sofrer a cada segundo que passo longe dele.
Não consigo sentir a água fria na minha pele, parece tudo dormente. A Marianne sensata, a que eu mais odeio e está comandando o pedaço, acaba de me avisar que eu sou uma mulherzinha cheia de frescura, ela disse que no mundo há milhares de homens e que não há necessidade de eu sofrer por um pervertido que vai acabar me NACIONAIS - ACHERON
enlouquecendo.
Fazer o que se os safados são os melhores?, a Marianne depravada retruca. Sim, Graham acordou a Marianne depravada dentro de mim.
Acho que todas as mulheres têm, elas costumam ficar tão escondidas que a gente acaba nunca vendo. Mas espera só até o momento em que estiver em um quarto com um homem que deseja. É
triste pensar que, em muitas mulheres, a depravada interior nunca se manifesta.
Fico indiferente quanto a briga das duas Marianne e saio do banho. Não estou com fome para descer e comer alguma coisa. Mas estou cansada o suficiente para dormir até o meio-dia do dia seguinte. Ainda bem, só volto a trabalhar na segunda. Nada como tantos dias de folga.
Seco meu cabelo, enrolo ele debaixo de uma touca ridícula improvisada feita com meia calça cortada. O bom da mulher estar sozinha é que pode fazer esses truques que mataria um homem de susto ou de rir. Visto um pijama de flanela que na minha opinião é muito broxante porém é o mais confortável. Para que ficar dormindo de camisola transparente e sexy se eu não tenho ninguém para NACIONAIS - ACHERON
me observar? Pego o tablet e olho meus compromissos.
— Droga! — Exclamo ao ver o lembrete de desmarcar a passagem do cruzeiro. Eu decidi não viajar mais. Conversei com Ryan e ele aceitou numa boa. Na segunda eu irei desmarcar. O navio sairá no sábado que vem e eu já tinha negligenciado demais minha profissão. Deixo o aparelho de lado e deito. Olho meu celular na esperança oculta de ter uma mensagem de Graham, mas não encontro nada, pelo menos dele. Isso me deixa um pouco apreensiva pois na primeira mensagem que me mandou ele afirmava que iria me fazer ouvi-lo. E
como eu o conheço, sei que poderá me surpreender a qualquer momento. Levanto-me rápido e paranoicamente olho a tranca da janela, vejo embaixo da cama e volto a deitar. Aproveito e dou uma boa visualizada em meu interior a procura de um sentimento: o ódio. Ele não está em lugar nenhum. Fico furiosa por descobrir que eu não estou com raiva daquele demônio sensual. O que eu sinto é apenas frustração gerada pela lembrança do que a loira disse. Nada mais.
NACIONAIS - ACHERON
***
Na manhã seguinte, quando acordo, descubro um bilhete na geladeira de Alice dizendo que tinha ido ao escritório terminar alguns trabalhos. Apesar de achar estranho ela sair no sábado, eu sorrio satisfeita por minha irmã estar se mostrando tão eficiente, tão madura.Ainda bocejando, abro a geladeira e constato que minha irmãzinha madura não está tão responsável assim, não tinha feito compras. A geladeira está mais pelada que coelhinha da Playboy. Deixando os braços caírem desanimados, reviro os olhos sabendo que terei que fazer compras agora, afinal preciso comer e estou de folga.
Subo as escadas e me visto. Calça jeans, camisa branca e um casaco leve por cima. Dou um jeito nos cabelos amarrando-os em um coque frouxo, a bolsa com tudo que eu precisaria e vou para rua de óculos escuros. Por fora, eu sou a designer despreocupada e elegante. Por dentro, estou só o bagaço.
Eu não curto muito fazer compras. É algo que faço obrigada, nunca por prazer. Andar em um supermercado procurando produtos nomeados em NACIONAIS - ACHERON
uma lista? É sem dúvida uma das coisas mais tediosas a se fazer. Estaciono meu mini no estacionamento do supermercado e peço para um rapaz pegar um carrinho para mim.
Meu dia mal tinha começado e já estou fazendo algo que me irrita. Guardo os óculos escuros e coloco o de leitura. Sou uma consumidora exigente e só pego um produto depois de conferir a data de validade e todas as informações nutricionais. No décimo produto, eu me rebelo e pego o tudo o que vejo pela frente, senão fico o dia todo no supermercado.
Doces e chocolates, massas, enlatados e congelados. Não estou a fim de cozinhar nos próximos dias.
O carrinho já está quase cheio e ainda preciso pegar produtos de limpeza, carne e alguns legumes. Decido ir para a carne primeiro. Gosto desse supermercado porque tem um mini açougue dentro, não precisa pegar aqueles cortes já prontos e embalados dentro do congelador, a carne é fresca.
Penso em fazer um cozido com legumes hoje à noite.
Ao longe, vejo a fila que está no açougue, NACIONAIS - ACHERON
mas nem tenho tempo de xingar e espernear. O
celular toca e eu paro para atender. O supermercado está cheio, é sábado de manhã e a maioria das pessoas não trabalha hoje.
— Mary! Você chegou?
— Claro! — digo com uma voz que denota como estou me sentindo rejeitada por minha amiga
— Desculpa, amiga. Trabalhei até tarde ontem, e hoje Leo e eu vamos ficar juntinhos. Você me entende?
— Sem problemas, Candice. Curta seu marido, não deixe de dar assistência ou perde a preferência.
— Isso que eu sempre te disse. Roubando minhas falas, Marianne? — Candice exclama com a voz cheia de graça.
Eu não respondo. Estou quase chegando na fila, paro de andar estatelada. O telefone quase cai do meu ouvido. à minha frente, a poucos passos, de pé na fila da carne, está Sawyer. Ele não me viu, mas eu o vi. Dou um passo para trás.
—
Marianne?
—
Candice
chama
preocupada no meu ouvido.
Ainda não respondo, se falar ele pode me NACIONAIS - ACHERON
ouvir. Estou correndo desse homem como o diabo foge da cruz e agora ele simplesmente se materializa na minha frente. Com aquele olhar distante, mirando um ponto imaginário. Por que diabos ele tem que comprar carne logo hoje e justo nesse supermercado? Por que um milionário precisa fazer compras? Não existe alguém para fazer isso para ele? Estou revoltada. Deus, que homem complicado!
— Candice, vou ter que desligar. Ligo para você mais tarde. — Cochicho.
— Por que está falando assim?
Eu abaixo a cabeça e cochicho mais baixo, fazendo uma concha com a mão tampando minha boca no celular.
— Estou no supermercado e o sinal está ruim. Tchau. — Desligo e levanto os olhos. Ele está olhando para mim.
Um impulso forte faz meu corpo todo gelar.
Os olhos verdes me fitam com curiosidade e espanto. Seguro forte no carrinho e me viro depressa saindo correndo dali. Continuo correndo sem olhar para trás, me infiltro em um monte de gente na ala das verduras e entro no corredor de NACIONAIS - ACHERON
limpeza. Estou quase no fim do corredor e acho que vou embora e voltarei depois para fazer as compras.
— Mary!
Ouço uma voz feminina e reconheço uma amiga de faculdade.
Droga! Droga! Droga!
—
Dinah!
—
Exclamo
com
falso
entusiasmo. Ela abre os braços e vem me abraçar.
Eu, em um desespero profundo, dou uma olhada para trás, não há ninguém. Talvez ele não tenha me seguido, eu conto com isso. Como sou tolinha.
— E então? Como você está? — pergunta ela.
Maldição! Vejo que esse papo irá horas adentro. Olho para trás mais uma vez antes de responder.
— Abri um escritório junto com Candice, lembra-se dela?
— Quem não lembra? — Ela ri. — Uma figura aquela garota.
— E você, Dinah?
— Casei. — Ela exibe a aliança.
— Sério? — Eu dou um sorriso largo.
NACIONAIS - ACHERON
Ela joga os cabelos ruivos de lado e meio que empina o nariz orgulhosamente antes de responder.
— Sim, com um espanhol. Moro em Madri e estou aqui a passeio. A gente podia marcar de sair uma hora dessas.
— Eu não sei...
— Você tem alguém, não tem? Marido, namorado... — Dinah pergunta verdadeiramente curiosa.
— Tenho sim. — Exclamo contente por não ficar para trás pela primeira vez. Mesmo que falte pouco para eu ficar solteira novamente.
— Eu o conheço? É da faculdade? Não me diga que é Charles.
— Não! Graças a Deus não é Charles. Acho que você não o conhece, mas...
— Mas pode ter a chance de conhecer. —
Uma voz masculina soa atrás de mim e eu gelo pela segunda vez. Então é assim que uma gelatina se sente? São terríveis esses calafrios que percorrem meu corpo. E isso geralmente só acontece quando estou perto de uma pessoa específica. Pelos olhos e lábios abertos de Dinah, eu posso perceber quem NACIONAIS - ACHERON
está atrás de mim.
— Enfim a encontrei, querida. Achei que estivesse fugindo de mim. — Sawyer se aproxima entrando no meu campo de visão, dando beijinho em meus cabelos, descansando um braço em meu ombro com muita naturalidade.
— Oi, sou Dinah Gonzáles. — A minha ex-colega apressa-se em estender a mão ao meu suposto namorado.
— Prazer, Sra. Gonzáles. Sou Sawyer Graham.
— Vi você outro dia na revista. — Ela murmura estatelada. — Eu fico impressionada, Marianne nunca namorou na faculdade, apesar de ser mais bonita que muitas colegas. Falta de pretendente não era. E quando Mary resolve arrumar alguém, é um monumento como esse! —
Dinah exclama sem nenhum pudor e Graham ri.
— Não é para tanto. Marianne é linda, eu que sou sortudo — diz todo vaidoso e eu reviro os olhos. Ainda bem que Dinah está mais preocupada em secar meu falso namorado e não vê minha expressão de descaso.
— Estava falando com ela que a gente podia NACIONAIS - ACHERON
marcar uma saída, vocês dois e eu com meu marido. Martin vai gostar de ter alguém que entenda o que ele diz sobre aqueles jogos horríveis que passam na TV.
— Estamos à disposição — responde Graham, sorridente.
— Bem, vou deixar vocês dois terminarem as compras. — Ela passa os olhos pelo meu carrinho cheio de comida congelada e pela cesta de Sawyer com poucas coisas dentro. Olho e vejo um embrulho que deve ser a carne, um saco com algumas peras, uma caixa de leite e uma de suco.
— Eu já pedi para ela parar de comer tanta porcaria. — Ele dá de ombros. — Um dia ela aprende. — Pisca charmoso para mim.
— Vocês são perfeitos um para o outro. São bonitos e vêm ao supermercado juntos. — Dinah meneia a cabeça de lado e olha para a gente com fofura nos olhos. Em seguida, apressa-se em vir até mim e me abraça.
— Foi um prazer te rever, Mary. Boa sorte e me convide para o casamento, por favor.
— Será a primeira quando isso acontecer.
Mesmo que seja com outro homem. — Dou uma NACIONAIS - ACHERON
gargalhada forçada.
— Só se você fosse uma louca de abandonar um homem desse. — Ela aponta para Sawyer que ri de novo.
Termina de se despedir e sai, ficamos calados com sorrisos largos, esperando ela desaparecer no corredor, quando isso acontece, eu me viro com brusquidão.
— Ficou louco? O que pensa que está fazendo?
— Não vou te dar a chance de fazer o mesmo que eu fiz no baile. Se eu te cumprimentasse, você poderia dizer que não me conhece.
Ele está tão odioso e ao mesmo tempo tão delicioso. Meu cérebro ainda terá uma pane com tanta contradição.
— Como pode pensar que, depois de tudo, tem o direito de pelo menos falar comigo? — digo, revoltada, e ele me olha com um sorriso fácil e preguiçoso nos lábios. Eu estou desorientada de revolta e ele apenas sorri como um tolo. Sawyer levanta a mão e acaricia minha bochecha.
— Sentiu minha falta, Marianne? —
NACIONAIS - ACHERON
pergunta baixinho, seus olhos anuviados fixos em meus lábios. Umedeço-os instintivamente antes de responder.
— Claro que não.
— Pois eu senti. Por que fugiu de mim todos esses dias?
— Eu não fugi de ninguém — respondo malcriada e dou um tapa na mão dele.
— E onde estava todo esse tempo? Estava me punindo pelo que aconteceu?
Fico calada e perplexa olhando para ele.
Está mais deslumbrante do que nunca. Tinha cortado os cabelos, bem baixo nas laterais e alto em cima, a barba está começando a crescer. A voz baixa e sensual lança descargas ferozes no meu corpo. Volta a levantar a mão e enrola um cacho do meu cabelo no dedo.
— Eu não quero mais falar com você, Sawyer.
— Ainda está zangada comigo?
— Claro que estou.
Por que ele usa esse tom de voz tão baixo e sensual? Parece um daqueles disque-sexo, não que NACIONAIS - ACHERON
eu já tenha ligado. Deus me defenda. E nem sei se existe disque-sexo masculino.
— Deixe-me explicar. — Ele pede.
— Não, Sawyer. Não quero ouvir explicações. O que fez foi imperdoável.
— Eu não quero que fique com raiva de mim. — Mesmo eu dando um tapa na mão dele, ela volta teimosamente e acaricia minha bochecha.
— Eu estou desse jeito a maior parte do tempo desde que nos conhecemos. Será que não percebe que um está fazendo mal ao outro? Essa terapia foi uma loucura, uma bizarrice. Não quero e não posso mais ver você.
— Eu vou ter que te chantagear, quero muito falar com você.
— Graham, me deixa em paz por favor. Eu preciso ir embora, eu preciso viver minha vida.
Acabou. O que vivemos foi revelador, mas não passou de uma terapia que você conduziu com maestria.
Abro depressa minha bolsa e tiro o talão de cheque.
— Por favor, receba, era para eu fazer uma transferência, mas esqueci. Já estou me sentindo NACIONAIS - ACHERON
uma golpista. Eu preciso fechar esse ciclo e descansar em paz.
— Eu já disse que não quero a porra do seu dinheiro. Quero que você continue indo às sessões.
Como eu posso deixar você em paz se eu não estou em paz?
Ele me cerca e eu dou um passo para trás, Graham dá mais um para frente. Meu pescoço se inclina levemente para poder olhar nos olhos dele.
Continuo dando passos para trás até bater em uma prateleira. Ele me segura com facilidade, estou encurralada.
— Vamos ao meu apartamento. — Ele propõe.
— Não vou.
— Marianne...
— Não vou, Sawyer. Você fez coisas ruins comigo dias atrás. Eu estou com raiva de você.
— Muita raiva?
— Sim.
— Não posso fazer nada para acabar com ela?
— Não.
NACIONAIS - ACHERON
Ele inclina-se e eu fecho os olhos e os lábios. Recebo um beijo nos lábios cerrados. Como um selo. Viro meu pescoço para o lado, mas ele segura meu queixo com força e me faz virar novamente.
— Olhe para mim, Marianne.
A voz grave penetra em meus ouvidos e me arrasa. Abro os olhos.
— Venha comigo agora ou você estará em maus lençóis.
— Você não pode achar que manda em mim. — Espalmo minhas mãos no peito dele para empurrá-lo.
— Eu fico puto da vida quando peço alguma coisa e não me obedecem. Pelo amor de Deus, o que custa me ouvir?
— Fale, então, estou ouvindo.
— Aqui não, Marianne. Venha comigo, eu não vou matá-la, talvez eu coma você de quatro no meu tapete, nada mais que isso. Nada que você odeie. — A voz dele atingiu um tom extremamente lascivo. Sinto minhas pernas fraquejarem e minha boca secar com essas coisas que ele diz.
— Não acha que já estamos desintegrados NACIONAIS - ACHERON
demais para termos mais uma relação sexual? Por que não apenas conversar? É disso que eu estou me prevenindo. — Tento cruzar os braços para impor um mínimo de distância entre nossos corpos, mas Graham não permite. Ele segura meu pulso.
— Por que desde quarta-feira passada ando ansioso para foder você de todos os jeitos possíveis, em todas as partes do meu apartamento.
— Seu babaca. — Forço para ele sair. —
Como pode esquecer o que aconteceu? — Berro com ele. — Agora ainda vem me falar essas ousadias. Isso não tem mais nada a ver com terapia.
— Sei que isso não tem mais nada a ver com a terapia e sim com um desejo desenfreado, mas você também está sentindo isso. Quem pode nos culpar?
— Sawyer, entenda, eu não vou para o seu apartamento fazer sexo desenfreado com você só por desejo. — Consigo soltar meu pulso da mão dele e imediatamente acaricio o lugar, como se o toque dele tivesse me queimado. De certa forma queimou, não no meu pulso, mas dentro de mim, no meu ventre, indo direto para minha vagina.
— Eu tenho um noivo. — Uso Ryan como NACIONAIS - ACHERON
escudo.
— Então termine com ele, poxa! — Ele reclama exaltado. — Vamos começar do jeito certo.
Fique comigo...
— Começar?
— Sim, um caso. Eu insisto nisso.
Tenho uma efusão de raiva, tento me afastar mais uma vez e ele não permite.
— Sabe o que eu penso sobre ser amante. —
Contesto, nervosa. Não vou deixar ele me manipular, esse assunto me deixa mais irritada.
Mesmo que eu esteja caída de paixão por ele não irei me rebaixar a esse status nem em um milhão de anos.
— Então continue sendo minha paciente.
Marcarei mais cinco ou dez sessões para você, se isso for te fazer bem. Só para podermos nos encontrar, Mary.
Seguro nos braços dele tentando empurrá-lo.
O homem é um armário, nem se move do lugar.
— Eu quero me ver livre disso. Estou me sentindo presa e você me cerca cada vez mais, me prendendo. — Bato o pé inconformada e frustrada por não conseguir afastá-lo.
NACIONAIS - ACHERON
— Venha comigo. Deixe essas compras, depois você continua. Eu posso te ajudar. — E mais uma vez ele ignora totalmente o que eu digo.
A ideia de Sawyer fazendo compras comigo me deixa absorta. Eu quero passar cada segundo com ele, quero me enrolar com ele no tapete, quero senti-lo todo grande e latejante dentro de mim.
Queria
poder
tê-lo
conhecido
em
outras
circunstâncias. Mas agora estou de mãos atadas, me apaixonei por um homem que não é meu namorado.
E o pior, que só pode me oferecer o cargo de amante.
— Você ouviu o que eu disse? Sobre estar me sentindo presa? — pergunto, soando mais calma, acho que conformada de não ser páreo para uma luta contra ele.
— Eu me recuso a discutir sobre isso aqui.
Vamos conversar em outro lugar.
Ok. Se essa tal conversa é a única forma de me livrar dele, eu vou me submeter. Penso mais um pouco, e Graham espera pacientemente. Chega a me dar ódio, pois vejo nos olhos dele, mais escuros que o normal, que ele tem certeza que eu vou ceder.
— Vamos a um local público. — Eu NACIONAIS - ACHERON
proponho. — Aquele bar no qual nos encontramos outro dia. — Emendo certa de que isso me dará pontos para lutar contra a sedução descarada dele.
— Na minha casa. Não quero ser interrompido. — Ele contrapõe.
— Não entro mais em sua casa, escolha outro lugar.
— O consultório. — Ele opina já sem paciência.
— Conheço uma confeitaria que...á
— Marianne, pelo amor de Deus! Eu fui a sua casa várias vezes e nem por isso a gente se jogou contra as paredes trepando. Posso ser civilizado na minha casa.
Penso mais um pouco, ele passa a mão com intensidade pelos cabelos. Fecha os olhos, massageia as pálpebras e eu continuo calada pensando. No que eu posso me meter se eu for para a cobertura dele? Mais sexo? Muito mais sexo!
Mas eu sou adulta, eu tenho poder de escolha.
— Você fica quatro dias inteiros sem dar notícias, sem deixar que eu me explique. Fugiu sem motivo algum, está tentando fugir agora e deixar arestas entre a gente, não se permite viver o melhor NACIONAIS - ACHERON
e o pior. Por que não consegue ser madura e sensata para encarar problemas de frente? — Sawyer me acusa irritado pelo meu longo silêncio. Olho para os lados e vejo algumas pessoas em alerta por ele está falando alto. Uma celebridade brigando chama atenção. Sawyer é bem capaz de armar um espetáculo aqui no supermercado e eu não vou me sujeitar a isso.
— Eu aceito apenas ouvir o que tem a dizer.
Apesar de já deixar claro que isso não vai garantir que eu te perdoe. — Ele me olha aliviado e até arrisca um leve sorriso.
— Vai me perdoar quando me ouvir. — O
sorriso chega aos olhos dele. Um cara volátil e facilmente agradado.
— Nada de trepadas magníficas.
— Trepadas magníficas? — Ele pergunta com um sorriso cínico nos lábios.
— Pare de rir, poxa. Eu estou brava com você. — Dou um soco no peito dele. — Quero que prometa que vai explicar sua versão e me deixar ir embora em seguida.
— Prometo, Mary, vamos apenas conversar.
— A cara de santo que Sawyer fez me dá vontade NACIONAIS - ACHERON
de rir.
— Suas mãos longe de mim. — Insisto na negociação.
— Claro. — Ele assente e me guia para fora do supermercado. Paga apenas as coisas que ele havia escolhido e que estava o tempo todo em uma cesta. Abandono meu carrinho no corredor de limpeza e saio acompanhada de um homem que atrai olhares por onde passa.
Duas mulheres entram quando a gente sai.
Ambas com roupas de academia, param e ficam olhando para o homem de bermuda, camiseta branca e óculos escuros, os quais tinha acabado de colocar. Ele anda de um jeito elegante e descontraído, e segura a minha mão. Olho para elas e dou uma piscadinha esnobe. Como se dissesse: Olha o que eu tenho e vocês, não.
Ele não é meu, eu sei, mas não custa exibir.
— Espero que me convide para comer alguma coisa. Não comi nada desde que acordei —
digo, simpática. Inclino e seguro o pulso de Sawyer, olho o relógio superluxuoso e vejo as horas. São dez da manhã.
— Prepararei uma omelete.
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Balanço a cabeça anuindo e me calo. Não quero conversar com ele. Tá bem, eu quero conversar com ele, mas meu orgulho grita mais alto, pedi comida apenas porque estou desesperada de fome, não foi um gesto de amizade se é isso que vocês estão pensando. Hoje eu serei dura e impiedosa com ele. Nada de colher de chá. Façam suas apostas.
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QUARENTA E SEIS
MARIANNE - PARTE 01
Desço do carro e espero Sawyer pegar as poucas compras na mala. Entramos no elevador privativo e ele digita uma senha.
— Vou lhe passar minha senha, caso queira me fazer uma visita qualquer dia. — Ele dá um sorriso torto.
— Eu não vou voltar aqui. Aceite —
respondo com hostilidade.
— Tudo bem. Eu não vou me cansar de trazer você aqui.
Entramos no apartamento e um arrepio gostoso tomou conta do meu corpo quando eu lembro das peripécias que fiz da última vez que estive aqui. Ele foi para a cozinha e eu continuo na sala olhando tudo com curiosidade. Meus olhos encontram a estante, abaixo da TV há um NACIONAIS - ACHERON
compartimento cheio de caixas de filmes. Fico eufórica e abaixo. Uau! Alguns parecem ser eróticos. Levo a mão para pegar um deles.
— O que está fazendo?
Levanto depressa, os olhos arregalados.
Sawyer está parado atrás de mim apenas de bermuda e com um avental amarrado ao corpo.
— Eu... são filmes?
Ele olha para onde aponto.
— Sim, são filmes. — Ainda continua me olhando meio desconfiado.
— Legal.
— Deixe de xeretar e venha. — Ele estende a mão e eu o sigo para a cozinha. Sento-me sem esperar ele mandar. Ele dá a volta no balcão e começa a quebrar ovos em uma tigela.
— Por que tirou a camisa? Se essa foi uma tática para me seduzir, devo informá-lo de que falhou.
— Não preciso tirar a camisa para seduzir você.
Ele bate os ovos já quebrados, fazendo o bíceps flexionarem e depois joga peito de peru NACIONAIS - ACHERON
picado, queijo cheddar, algumas ervas, tomate seco e sal. Enquanto trabalha na cozinha, eu cruzo as pernas e me ajeito assistindo aquela visão do paraíso — as Mariannes fazem o mesmo. Os músculos das costas largas à minha frente se mexem conforme ele abaixa ou ergue o braço para pegar alguma coisa. Eu tenho certeza de que ele faz isso para tentar me induzir. Está tão ridículo nessa missão de me fazer fraquejar.
E está conseguindo, uma vozinha interior sopra no meu ouvido.
Transa com ele, Mary! Minha Marianne safada implora quase de joelhos. A Marianne sensata manda ela calar a boca.
Em poucos minutos, tenho uma boa e deliciosa omelete à minha frente, além de um copo de suco.
Ele senta-se ao meu lado para comer também.
— Onde aprendeu a cozinhar?
— Sempre morei sozinho, Marianne. Tive que me virar.
— Hum. — Resmungo.
Como igual a uma leoa. Não troco uma NACIONAIS - ACHERON
palavra com ele enquanto como. Depois tomo todo o copo de suco e suspiro satisfeita. Limpo os lábios e olho para aquele que estava o tempo todo me olhando comer. Ele acha que eu não percebi? Olá!
Sou mulher, tenho visão periférica.
— Ela não mora aqui? — pergunto, me referindo a loira do outro dia. Noto como ele fica inquieto.
— Não, nunca morou.
— Hum.
— Eu conheço Jill desde a minha formação como terapeuta. — Completa depois de poucos segundos.
— Desde a faculdade? Meu Deus! Tanto tempo assim? Vocês são quase casados.
— Não. Aí que você se engana. Somos apenas amigos que fazem sexo. Eu não entendi o que deu em Jill para ter me seguido e feito aquela cena.
— Talvez ela esteja com ciúmes. Amigos não transam, Graham. Ela é sua namorada ou ao menos ela acha isso.
— Você nunca vai entender minha relação com Jill. O sexo sempre foi, para a gente, uma NACIONAIS - ACHERON
válvula de escape. Ela fica e dorme com quem quiser e eu também. Mas nas últimas semanas eu me distanciei dela por ter jogado sujo comigo. —
Ele não está olhando para mim com aquela cara de dissimulado manipulador. Está de olhos baixos, fixos no copo de suco pela metade. Meu frágil coração feminino tem um pingo de pena dele, mas, graças a Deus, reage no mesmo instante.
— Isso não importa para mim. Eu fiquei muito irada por você ter contado a ela sobre meus problemas.
— Não conto para ela sobre nenhuma paciente. Você foi a primeira. — Ele levanta os olhos e me encara.
— Eu sou tão bizarra assim a ponto de você ter que compartilhar com uma pessoa? Deve achar que eu sou uma espécie rara.
— Não é assim. — Sawyer exala profundamente antes de continuar. — Eu contei a ela antes de termos feito sexo pela primeira vez.
Quando você me contou que tinha medo de sexo.
Sim, você é diferente de tudo que eu já conheci.
— Não vejo em quê.
— Só o fato de estar aqui, sentada nessa NACIONAIS - ACHERON
cozinha, entupida de omelete que eu preparei, já é uma prova imensa.
A gente fica se olhando por algum tempo.
Depois eu coloco uma mecha imaginária de cabelo atrás da orelha e baixo o rosto mordendo os lábios.
Não ceda, Marianne. Não olhe para ele.
— Eu contei a Jill sobre como uma certa paciente me intrigou. Eu nunca tinha conhecido alguém que tivesse medo de sexo. Quero que saiba que nunca mencionei seu nome a ela.
— Ela riu de mim?
— Não. Ela me aconselhou a não fazer a terapia com você. Jill ficou preocupada com você, disse que uma moça tão inexperiente poderia se apaixonar pelo salvador dela. No caso, eu.
— Isso não aconteceu — afirmo falsamente.
Sawyer fica levemente pálido e se cala. Nos encaramos
novamente,
uma
expressão
desconcertada estampa o belo rosto.
— Que bom... — Foi o que ele disse, sem parecer muito sincero.
— Foi muito humilhante o modo como ela falou...
NACIONAIS - ACHERON
— Eu sinto muito. Perdoe-me. Jamais deixei que uma coisa assim acontecesse com minhas pacientes, Jill sabe como eu levo isso a sério apesar de fazer coisas íntimas. Ela sabe como eu estou revoltado com o que ela aprontou.
— Terminou com ela?
— Não posso terminar uma coisa que nunca tive, ela foi o mais próximo de uma namorada, mas parecia mais uma amante. Nunca saía comigo e eu fiquei chocado ao vê-la no dia da festa. Depois que eu comecei com você, me afastei dela e isso causou algo naquela mulher... ciúmes.
Agora, quando nossos olhos se encontram, há um pouco de cumplicidade.
Acredito nele porque sempre sei quando Sawyer está falando a verdade. Ele pode ser misterioso e inexpressivo às vezes, mas, quando fala sério, eu consigo absorver a verdade de seus olhos. Sorrio com simpatia.
— Eu não estou mais chateada com você.
Eu te desculpo. — Coloco minha mão sobre a dele e dou uma palmadinha. Ele olha para nossas mãos.
— Eu agradeço. — Sawyer consegue segurar meus dedos e faz uma breve carícia. Eu NACIONAIS - ACHERON
fico meio sem jeito e começo a perder o ar.
Levanto-me.
— E eu agradeço o brunch maravilhoso.
— Aonde vai? — Ele segura meu pulso.
— Vou embora. — Dou um olhar de sobrancelhas levantadas como se quisesse dizer:
"não é óbvio?" — Vim para ouvi-lo e já fiz isso, até te desculpei.
— E como fica agora? — Vejo urgência nos olhos dele.
— Cada um para seu lado. Não vou mais voltar ao seu consultório. Não posso, sinto muito.
Devo honrar meu noivo. — Mais uma vez, uso Ryan como desculpa.
A
expressão
compassiva
dele
muda
rapidamente para revolta.
— Pare de pensar um segundo naquele...
naquele cara e pense em você. Como pode querer ser infeliz apenas para agradar pessoas como ele e Candice?
— E o que quer que eu faça? Que termine com ele e venha ficar com você? Por quanto tempo? Até que outra novidade apareça e você me NACIONAIS - ACHERON
abandone?
— Não farei isso. Mas a gente pode ficar juntos até que seja bom para ambos, como eu já tinha dito. Nada será forçado, Marianne. Podemos não ter sentimentos fortes um pelo outro, mas o desejo que arde em nossas veias é o bastante para nos fazer felizes pelo tempo que durar.
— Eu aceitei o pedido dele diante de todos os meus amigos.
— Conversou com Candice depois que chegou? — Não sei por que mas notei urgência na voz dele. Estranho isso, será que ele acha que Candice mais uma vez está me influenciando?
— Não tem a ver com Candice, Sawyer. Eu não a vi desde que cheguei de viagem.
— Então fale com ela, peça uma opinião sobre isso.
— A Candice? — pergunto e rio. — Você enlouqueceu? Sabe muito bem o que ela vai dizer.
Depois de xingar você com todos os nomes que conhece, claro.
— Candice conhece você, Marianne. Assim como aconteceu com ela, saberá que a gente tem que tentar buscar a felicidade, não importa como ou NACIONAIS - ACHERON
onde. Se você disser a ela o que quer de verdade, ela vai te apoiar.
— Está insinuando que serei feliz sendo sua amante?
— Não é isso. Estou falando que estar comigo a deixa feliz. Eu sei, vejo em seus olhos quando a gente está assim, ou conversando ou fazendo sexo. Pense em como será sua vida com Ryan. Você nem sequer consegue ir para cama com ele.
Pronto. Ele tocou bem no ponto certo, no que mais me incomoda. Na realidade absoluta sobre minha vida. Eu abaixo a cabeça. Uma lágrima desce dos meus olhos e a enxugo depressa.
Respiro fundo tentando segurar todas lágrimas dentro dos olhos.
— Houve um tempo em que eu quis muito amar Ryan. Estava quase conseguindo. Agora eu não consigo mais... Gosto dele como amigo e sei que a paixão pode renascer, mas fiz tudo errado traindo ele com você, beijando você e vindo para cá. E agora... entenda Sawyer, ainda tenho uma chance de remissão, com ele ou outro cara, posso recusar seu belo corpo e tudo que pode me oferecer NACIONAIS - ACHERON
e ir de volta para uma vida normal.
Graham me puxa. Eu de pé e ele sentando no tamborete. Firma-me em seus braços e beija meus cabelos.
— Fique aqui comigo. — Pede sussurrando.
Nem me dá chance de responder. Toma meus lábios em sua boca me levando a um beijo excitante. Os lábios dele, quentes e úmidos, espremem os meus com necessidade delirante me deixando entorpecida. Não consigo reagir a isso, não consigo sair e nem fechar minha boca.
Eu precisei desse beijo por todos os dias que ficamos afastados, eu precisei dele e isso me amedrontou tanto. Eu não queria ligar para Candice ou para meu namorado. Eu só pensava em falar com Sawyer.
Seguro nos ombros dele, apertando a carne rígida com meus dedos, sentindo a pele quente dele banhar de erotismo todo o meu corpo. Nossas línguas estão loucas e desorientadas, fazendo o beijo ficar urgente e aflito. Eu despejo na boca dele toda a saudade que sinto espremida aqui dentro.
Ele se levanta me abraçando e vai me empurrando sem parar de beijar. Algo me faz NACIONAIS - ACHERON
recuar. Eu disse que não ia encostar nele, prometi a mim mesma, apesar de tudo eu tenho um anel de outro homem no dedo. Isso é baixo e cruel.
Tento me afastar, sei que ele está me ganhando com os lábios. Eu tinha prometido não cair mais no hipnotismo descarado dele e me sinto uma incompetente. Ele segura minha mão que tenta empurrá-lo e se abaixa para segurar minhas pernas e me pegar no colo.
— Sawyer.
— Acabou, Marianne. Não adianta lutar.
— Você prometeu que seria apenas conversa! — digo, tentando descer do colo dele.
Estávamos chegando à sala.
— É, eu prometi. Mas já que você não cumpre promessas, eu também não tenho obrigação de cumpri-las. Agora relaxe e aproveite.
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QUARENTA E SETE
MARIANNE – PARTE 02
— Eu parei com o anticoncepcional. —
Revelo fazendo-o parar no mesmo instante.
— Não acha que isso vai me impedir, não é?
— É verdade, Sawyer. Eu parei, durante essa viagem estive sozinha, não tinha necessidade...
Ele se afasta e pensei que ele fosse desistir.
Mas apenas caminha até um móvel, abre uma gaveta e pega uma caixinha. Traz para eu ver.
— Aqui é a casa de Sawyer Graham, meu bem. Tem camisinhas espalhadas por todos os cômodos. — Meus lábios entreabrem mortificados e eu dou um passo para trás. Ele me pega no bote, me abraça mais uma vez. Eu tento fugir, mas sou segurada com um braço em volta da minha cintura e uma mão me toca por baixo da camiseta.
— Ah, delícia! — comenta. — Estou quase NACIONAIS - ACHERON
gozando só de tocar nos seus seios. — Ele balbucia, parecendo meio grogue, os lábios pressionados em minha bochecha. — Você é tão cheirosa, tão bonita e gostosa.
Merda. Me elogiar só piora as coisas.
Queria que Sawyer fosse insensível e rude, mas ele simplesmente não me ajuda a superar. Ryan não diz essas coisas para mim, acho que ele nem olha para meus peitos. Já Sawyer, só falta comê-los.
— Sawyer... — Eu gemo jogando a cabeça para trás. Seguro firme nos braços dele. — Eu não quero... — Choramingo, achando que engano alguém.
— Diga isso quando eu estiver todinho dentro de você. — As mãos afoitas dele vão para minha calça jeans e fico impressionada com a rapidez com que ele consegue tirá-la. Com minha camiseta descartada, a calça abaixada e os cabelos soltos ele me puxa para bem perto dele. Não há espaço entre a gente, sinto como se ele quisesse fundir nossos corpos.
Enquanto me beija, sua mão desce ao meu bumbum e começa a me acariciar por cima da calcinha. E eu gelo toda por lembrar que estou de NACIONAIS - ACHERON
calçola e não com uma linda renda. Os dedos ousados dele forçam o tecido produzindo uma deliciosa sensação. Eu nunca achei que poderia sentir tanta volúpia somente com fricções de dedos na minha bunda. Inutilmente tento me controlar, mas meu corpo me denuncia molhando os dedos dele.
Merda! Que delícia!
O pior de tudo é nem conseguir soltar um gemido sequer. Essa boca pecaminosa parece colada na minha. Nós simplesmente não paramos de tentar engolir a boca um do outro. Ele me toma de todos os modos, com dedos, língua, até o olhar que lança sobre mim.
Para minha desolação, Sawyer abandona minha boca e desce com beijos rápidos e urgentes pelo meu pescoço (claro que ele parou para dar uma lambida e chupar minha artéria latejante) e enfim, quando os lábios famintos chegam aos meus seios, tenho vontade de deitar, pois acho que minhas pernas vão acabar no exato momento.
Sawyer olha primeiro adorando-os, como se olha para duas frutas suculentas, enquanto segura firme cada um em uma mão. Meu sutiã nem sei NACIONAIS - ACHERON
mais onde está.
— Vou chupar tanto esses peitos que você vai ficar desorientada. — Ele revela meio psicótico, vidrado e sedento. Abaixa a cabeça. Meus olhos reviram de tesão quando a língua suave e persistente faz um trabalho alucinante. Como se já não bastasse, ele suga forte e impiedoso. Uma sucção potente que faz meus mamilos doerem.
Minhas mãos seguram com força nos cabelos dele, arrancando um sorriso de satisfação dos lábios desse pervertido.
É para trepar? Então vamos trepar.
Eu praticamente escalo nesse corpo forte.
Pulo nos braços dele passando minhas pernas em volta da cintura, meus braços abraçam seu pescoço e eu o beijo como se o mundo fosse acabar agora.
Minha língua explora a boca dele, Sawyer tenta lamber meus lábios e eu capturo a língua dele sugando-a para dentro da minha boca e dando continuidade ao beijo violento. Logo em seguida, sem me dar por satisfeita, chupo com ânsia seu queixo, beijo o maxilar e torno a voltar para os lábios.
Mais uma vez ele sorri, achando graça do NACIONAIS - ACHERON
meu desespero.
— Está rindo de mim? — pergunto. Meus olhos flamejantes. Tipo possuída sabe? Possuída de uma loucura que eu não sei de onde vem, mas sei que sempre esteve dentro de mim.
— Estou. — O maldito confessa. É mesmo um sem-vergonha e isso me deixa tremendo de desejo. Geralmente homens sacanas piram as mulheres, afinal eles são uma promessa de satisfação total, animais na cama. Bonzinhos são bons, mas os safados são melhores ainda.
Facilmente ele puxa a minha calcinha e nenhum de nós se importa sobre ela é fio dental ou não. Só me importo com o dedo dele que entra e sai de mim em uma carícia lenta e sensual.
Instintivamente empurro meu quadril contra os dedos dele.
— Mary! Que delícia. Você nunca me decepciona, sempre receptiva.
Eu continuo com os movimentos contra a mão dele, agarrada bem firme ao corpo grande.
— Merda, que saudade eu estava dessa sua boceta apertada e suculenta. Quero devorá-la. —
Eu me eriço toda. Algumas poucas mulheres (como NACIONAIS - ACHERON
eu fui tempos atrás) m ouvir um homem falar sacanagens no pé do ouvido. Hoje eu fico louca toda vez que ele abre a boca e solta um palavrão ou diz coisas sobre meu corpo, sobre o que pretende fazer comigo.
O dedo dele faz um movimento circular dentro de mim e só me resta gritar e guiar meu corpo para baixo.
— Veja só isso. Vou tocar no seu ponto G
— diz e curva o dedo como um anzol. Começa a introduzi-lo dessa forma raspando minha carne interior e me fazendo perder totalmente a noção de tudo. A carícia se faz tão profunda e deliciosa que eu nem me importo se vou arrancar todos os cabelos da cabeça dele. Suspeito de que vou gozar uma cachoeira.
— Sawyer! — detalhe: o nome dele não foi um gemido. Foi um grito mesmo.
— Quer gozar, meu bem? Sentiu falta disso?
— Sim...
— É. Eu sei que sentiu. Também senti.
Sem me soltar, ele usa uma das mãos para desatar o nó da bermuda e abrir o botão. A peça de NACIONAIS - ACHERON
roupa desce pelas pernas dele e, em seguida, ainda me beija e provoca meu corpo com mãos experientes, ele puxa a cueca para baixo até metade das coxas. Eu paro de beijá-lo e perco o ar, jogando a cabeça para trás quando ele bateu seu pau na minha bunda. Bem safadamente, o patife se esfrega debaixo das minhas pernas.
— Estava todo melado dentro da cueca. —
Ele confessa bem próximo do meu ouvido. — Meu saco está dolorido, hoje a camisinha vai transbordar de porra. Fico indignado por não poder gozar tudo dentro de você, sentir sua boceta sugando até minha última gota, sorvendo todo meu leite. — Ele torna a introduzir um dedo afobado dentro de mim. Eu grito e cravo minhas unhas no ombro dele.
Ele atingiu um ritmo rápido, me fodendo com dois dedos. Nossos rostos colados, as respirações ofegantes se misturando em uma só. E, olha só, meninas, ele está me matando apenas com dois dedos, imaginem o que ele poderá fazer com essa coisa dura e grande dentro de mim?
— Sawyer, ai! Ah! Jesuuuus! — Reviro os olhos deixando minha cabeça tonta pender para trás. Não consigo segurar mais meu corpo que vibra NACIONAIS - ACHERON
todo e, quando estou perto, quase despejando meu prazer na mão dele, o cretino para e tira lentamente os dedos de dentro. O sorriso estampando os lábios.
Os dedos dele saem e ele posiciona a ponta do pau na minha entrada molhadinha.
— Segure-se em mim. Vou precisar das minhas mãos agora. — Eu fico pendurada no corpo dele, é incrível como ele nem se move com meu peso. De pé, com eu pendurada em seu corpo, numa agilidade impressionante, Sawyer veste a camisinha, gemo alto quando sem piedade me penetra. Enfia tudo de uma vez. Não dá nem tempo para eu me acostumar, começa a golpear bem fundo, me fazendo recebê-lo tudo de uma vez, tão grosso e grande, indo tão profundamente. E então ele começa a bater com força, se segurando e se movendo de pé, o pau sobe e desce dentro de mim tão rápido e profundo que estou pronta para gozar.
— Calma, você aguenta. Está bem molhadinha e receptiva.
— Ah, meu Deus! — grito. Ele sorri com a boca na minha bochecha, dá mais duas socadas profundas e para todo dentro de mim. Meu corpo todo eletrocutado pelo pau dele estocado bem no NACIONAIS - ACHERON
fundo. Tremo e arfo sem conseguir implorar para que ele me deixe gozar e fico sem voz.
— O que me diz de parar agora? —
pergunta, saindo bem devagar de dentro de mim.
— O quê? — pergunto, desorientada, entre soluços.
— Você não disse há pouco que não queria?
— Ele passa a mão nos meus cabelos, joga os fios para trás, depois desce e passa o polegar nos meus lábios e morde meu queixo. Seus pelos começando a nascer deixam uma trilha no meu rosto. A boca dele é grande e apetitosa, passa pelo meu maxilar e eu fico afoita querendo-a em meus lábios, quero chupar essa língua luxuriosa, mas ele não deixa, quero que ele meta fundo, mas ele está decidido a me punir por alguma coisa.
— Seu cretino. — Eu mordo o braço dele.
— Peça para eu continuar. Quero ouvir a verdade, sempre te disse isso.
— Por favor...
— Por favor, o quê?
— Quero que você me possua. Rápido.
— Não precisa ser tão reservada comigo, NACIONAIS - ACHERON
por que não diz que quer que eu coma você?
__Sim! — grito. — Eu quero seu pau, quero a droga de sua língua, quero que você me foda e me deixe acabada. Sabe disso, sempre soube. —
Nervosa, me agarro mais a ele. Sawyer fica me olhando espantado e fascinado, e, como se tivesse visto meus lábios naquele momento, ele avança e me beija com muito furor.
— Mary! Você ainda acaba comigo. Se disser isso de novo, não sei se vou conseguir esperar você gozar. Continue olhando para mim assim, continue me beijando assim — pede, ofegante, e me penetra de novo, mas, dessa vez, não faz os movimentos com a pélvis contra mim.
Anda comigo pela sala até chegarmos ao sofá de três lugares. Ele se senta comigo enganchada na cintura dele. Ficamos de frente um para o outro, ele enrola o punho no meu cabelo puxando minha cabeça para trás. Meu pescoço fica à mostra e, mais que depressa, ele passa a língua da base do pescoço até o queixo. Eu já estou quase explodindo, sentindo toda a rigidez dele dentro de mim pressionando bem no fundo. Sentada nas bolas dele. Minhas mãos vão para frente e eu cravo as unhas no peito forte. Sawyer também geme, NACIONAIS - ACHERON
profundo e rouco.
— Me beije, Sawyer, me dê tudo o que você pode. Eu estou explodindo, por favor, me dê logo.
— Ele não consegue desviar os olhos dos meus, seus lábios entreabertos, mais ofegantes que o normal, vêm em direção a minha boca. Ele chupa meu lábio inferior e depois vem o beijo de língua.
Levo uma mão para trás e a desço pela minha bunda até encontrar apenas os testículos dele para fora. Ele está todo enterrado em mim, é uma sensação indescritível. Acaricio as bolas dele e fico fascinada com o rosto instantaneamente contorcido e mais um gemido másculo que sai dos lábios dele.
— Agora é sua vez. — Ele sussurra no meu ouvido. — Cavalgue um pouco.
— Eu...
— Já fizemos isso uma vez, lembra? —
Levando suas mãos para baixo do meu traseiro, ele me faz levantar um pouco. Seu pênis sai de dentro de mim, não totalmente.
— Sente-se agora. Sua boceta está pronta, engula ele todo de uma vez. Deixe minha rola bater bem fundo — murmura com a voz embargada de prazer. Eu gemo e vou descendo aos poucos, paro, NACIONAIS - ACHERON
experimento mais um pouco o pau grande, paro mais, acaricio as bolas dele e torno a sentar, agora tudo de uma vez, atolando tudo dentro de mim novamente.
— Agora repita você esses movimentos.
Bote essa bunda para mexer. — Ele me dá um tapa na bunda e isso não me deixa irritada, ao contrário, me sobe um fogo...
Bem devagar, começo levantando e sentando, tirando e colocando. Ele é grande e vai me alargando, o afastamento da minha carne para ele passar é uma sensação devastadoramente boa.
Estou toda entregue enquanto ele está apenas vidrado me observando, sendo fodido. Os braços estendidos, abertos no encosto do sofá, um sorriso patético nos lábios. Eu meio curvada com uma mão no peito dele e a outra em sua perna. Consigo um ritmo bom que me deixa alucinada. E não são só as penetrações que me deixam quase derretida. Essa visão a minha frente, ter ele todo para mim, apenas sentado deixando eu tomar conta, deixando eu brincar com seu corpo. É demais para aguentar.
— Adoro admirar a vista — diz, olhando para mim enquanto eu subo e desço no pau dele. Eu NACIONAIS - ACHERON
já estou bamba e quase caio de tanta embriaguez.
Ele segura minha cintura, me puxa para mais perto e leva um dos meus seios para sua boca.
— Ah! O que mais um homem pode querer?
Transar com você é único, Mary.
Pronto. As palavras e as chupadas fazem meu orgasmo surgir. O pau dele entra mais fácil conforme eu vou ficando mais úmida, fico nesse vai e vem torturante até que ele para, solto um lamento e ele ri.
Percebo que Sawyer parou para mudar de posição. Ele me abraça e deita no sofá comigo em cima dele. Mesmo deitado, ele continua me abraçando e me mantém deitada contra seu peito, sentindo os joelhos dele se curvarem atrás da minha bunda, levantando um pouco.
— Agora é minha vez — sussurra e começa a meter com força total. Eu grito e nada posso fazer presa nos braços dele. E nem quero, está gostoso demais assim. O pau dele entra e sai vigoroso e melado, batendo as bolas na minha bunda. Do jeito que eu gosto. Eu o abraço, tão gostoso, forte, grande...
— Ah! Que gostoso! Não pare! Por favor, NACIONAIS - ACHERON
continue assim! — Eu peço aos gritos sem nenhum pudor. Não preciso de pudor quando estou com ele.
Usando as pernas dobradas como alavancas ele conseguia uma velocidade impressionante. Depois disso, não demora para eu me dissolver toda em um gozo potente ao redor dele, sinto meu canal vaginal se contraindo todo em torno do pau dele. Sawyer geme, mete mais um pouco e também goza em seguida, quase junto comigo.
Relaxo meus braços, caída e inerte, quase inconsciente deitada em cima dele. Meu nariz fica na altura do peito forte, eu aspiro sentindo o cheiro masculino que meu corpo já reconhece bem.
Durante meus dias sozinha na casa de veraneio, era esse cheiro que me embalava todas as noites. Respiro fundo e solto o ar, estou satisfeita. É
impressionante como tudo fica mais leve quando faço sexo com ele.
Graham sai de dentro de mim, e eu protesto apertando o pau dele com a vagina e ofegando. Ele descarta o preservativo, amarrando-o e jogando-o ali mesmo em um canto. Entrelaço minhas pernas entre as pernas grossas de Sawyer. Ele faz uma carícia gostosa em minhas costas com as pontas dos NACIONAIS - ACHERON
dedos subindo e descendo até a minha bunda.
— Venha para o quarto comigo? — pede com a voz baixinha que acaricia minha pele junto com seus dedos. Me sinto aquecida e segura nos braços de Sawyer.
— Adianta eu negar?
— Não, só estou pedindo por educação. Eu vou te levar de qualquer jeito.
— Eu sou uma tola, idiota. Prometi a mim mesma que não cairia mais na sua conversa barata.
Droga, Sawyer, você me magoou muito. Duas vezes seguidas.
— Nenhuma das vezes teve fundo maldoso.
Estou muito arrependido, me sentindo mal e louco para te recompensar. Além do mais, por que lutarmos contra algo que nos deixa assim, felizes e relaxados?
Eu não respondo nada. Fico pensativa.
— Você não é nenhuma idiota, Mary.
— Querer muito fazer sexo com você é um sinal de idiotice crônica.
Sawyer dá uma gargalhada fazendo o peito dele (meu travesseiro improvisado) tremer.
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Ele levanta meu rosto e me beija. Um beijo terno, carinhoso, bem calmo. Nossos corações batem mais tranquilos na mesma melodia.
Não importa o mundo lá fora nem a realidade batendo incessantemente na porta.
Candice poderia pensar o que quiser, minha Marianne sensata poderia dizer o que bem entendesse. Eu, nesse momento ouvia apenas meu coração que implorava de mãos juntas para que eu continuasse com esse homem por mais alguns minutos... ou horas.
Fomos pelados para o quarto. Eu com a mão na frente dos seios e outra tampando entre as pernas. Ele tenta tirar minhas mãos enquanto eu corro escada acima morrendo de rir.
Ele abre a porta e, diferente do meu, o quarto dele está em perfeito estado, nada fora do lugar. Como da outra vez.
— Quem arruma seu quarto?
Não consigo segurar a curiosidade.
— Uma empresa de limpeza manda uma faxineira três vezes por semana. Ela veio ontem, não tive tempo de bagunçar tudo.
— Seu quarto é muito bonito.
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— Gosta?
— Sim. Você tem bom gosto.
— Por que não vem passar uns dias comigo?
— Como em férias?
— Sim.
— Eu provavelmente sairei de férias no fim de semana.
— De novo? Que preguiçosa! Você não trabalha?
Ele ri me envolvendo em seus braços.
— Pois é. Candice e eu compramos meses atrás uma passagem para um cruzeiro. Ela não vai poder ir, não sei se cancelo a viagem ou vou sozinha. Ryan queria ir comigo, mas não vou levá-
lo. — Só não conto para Sawyer que vou terminar com Ryan porque ele não vai me dar mais sossego.
Então vou resolver primeiro um problema, para depois resolver o outro.
— Acho melhor cancelar. — Ele opina sem se preocupar em esconder o desconforto.
— E perder o dinheiro? Acho que é tarde demais para eles reembolsarem.
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— E viajar com Ryan em um cruzeiro vai ser bom?
— Não vou levá-lo, já disse.
— Acha que ele iria?
— Sinceramente? Não. Ryan não curte essas coisas e com certeza vai dizer que tem muito trabalho.
Eu faço uma carícia no peito dele com meus dedos. Sawyer abaixa os olhos e olha para minha mão.
— Você tem um belo corpo — digo.
— Obrigado, mas não tão bonito como o seu. Você fica muito mais linda depois de transar comigo. — Ele segura minha mão e a leva até os lábios para beijar meus dedos. — Venha desfrutar do meu corpo mais um pouquinho.
— Acho melhor eu ir embora...
— Fique mais um pouco, vamos matar a saudade.
— Sawyer...
Ele morde minha orelha e sussurra:
— Quero te mostrar como é bom fazer sacanagens contra a parede.
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Droga! Acabamos de transar loucamente e ele me abraça e morde minha orelha e eu já fico querendo mais, não consigo me cansar desse homem.
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QUARENTA E OITO
SAWYER
Marianne fica excitada com minha proposta de sexo na parede, mas, ao mesmo tempo, noto que ela se retesa imediatamente. Fica dura em meus braços. Meu pau duro, espremido contra o ventre dela. É impossível ficar tão perto dessa mulher, fitando esses olhos castanhos dourados e não tocar na pele alva levemente rosada. Caralho! Eu estou tão caído por ela. Meus dedos tocam a maçã do seu rosto.
— Algum problema?
— É tudo tão bom... Mas estamos numa confusão sem tamanho.
— Não pense nisso. — Minhas mãos escorregam para o ombro dela e começo a fazer uma massagem relaxante, ou sedutora mesmo.
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Odeio quando Marianne decide pensar na vida.
— Como não? Isso está indo longe demais.
— Ela olha para meu peito e, como se não pudesse evitar, sua mão sobe pela lateral do meu tórax, nas minhas costelas, passam pelo meu peito e descansam no meu ombro.
— Vamos continuar como se fosse a terapia.
Quando acabar o número de sessões... vamos ver o que vai acontecer.
Ela me olha pensativa.
Eu prefiro ir por esse caminho, colocando a desculpa na terapia. Se proponho que tenhamos um caso, ela fica louca, possessa. Talvez se eu der a ela um pouco de liberdade, como se isso aqui não fosse nada além de sexo, ela deixa as neuras de lado. E
então, voltamos às terapias e quando terminar as sessões,
eu
arrumo
outra
maneira
para
continuarmos nos encontrando.
Ela se afasta de mim e se senta na cama.
Delicadamente cobre os seios com um braço e cruza as pernas.
Meu Deus! Se cobrindo assim ela fica mais deliciosa.
— Como seria isso? Voltarmos novamente NACIONAIS - ACHERON
ao consultório com todas as regras?
— Se você desejar. Não prometo aplicar todas as regras novamente. Eu quebraria todas. —
Ando até ela e agacho na sua frente. Ela abaixa os olhos para me encarar.
— Eu vou pensar.
— Pensar em quê? Já estamos aqui, pelados, decididos. Não há o que pensar. — digo meio desatento, olhando fixamente para as pernas dela.
Meu pau reclama, meu saco dói.
— Graham... — ela reclama.
Eu dou um sorriso para ela. Minhas mãos nas coxas bem contornadas, noto como estão mais douradas pelo bronzeado.
Ela tem ideia de como é gostosa e de como me faz ficar louco?
— Eu gosto de ouvir você falar meu nome
— digo todo carinhoso.
— Estou falando sério, poxa!
— Eu também.
— Tem certeza que se eu voltar lá... aquela mulher não vai voltar?
— Eu já disse que cortei contato com Jill NACIONAIS - ACHERON
definitivamente. Ela pisou feio na bola comigo.
Acredite em mim.
Respiro e exalo bem profundo antes de responder.
— Pisou na bola?
— Além de ter sido uma babaca, ela ficava com outros caras sem eu saber. — Invento.
Como está acontecendo com você, sua tola.
Abra os olhos, Marianne.
— Graham...
Esse "Graham" não foi de alerta como o outro, foi como se ela quisesse dizer: " Eu sinto muito.".
Sinto os dedos dela pousarem na minha cabeça a fundar nos meus cabelos. Sou um mentiroso, Jill não tinha me traído tecnicamente, afinal ela sempre teve outros homens, tínhamos uma relação aberta. Mas quero jogar essa isca para ver o que pesco sobre como Marianne enxerga uma coisa dessa. Eu me ergo e me sento ao lado dela.
— Se fosse você? Como reagiria? Se descobrisse que seu noivo trai você.
— Bem, eu também fui infiel.
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— Mas e se ele traísse antes de você fazer qualquer coisa?
Ela me olha com cumplicidade. Gosto desse olhar. Um leve curvar de sorriso nos lábios que me tiram do sério.
— Primeiro, eu ficaria louca, depois, eu me sentiria livre e pensaria duas vezes antes de me envolver em outro relacionamento.
— Então se isso acontecesse, você nem daria uma chance para mim?
— Claro que não. Achei que sendo terapeuta, saberia que uma mulher traída retém um certo trauma e começar um novo relacionamento, mesmo um caso, demanda um pouco de tempo.
—
Você
não
começaria
um
novo
relacionamento, estaria apenas continuando com o que já tem. Em um caso comigo.
— Eu não tenho que pensar nisso, tudo bem? Não quero mesmo pensar em nada disso.
Fico calado. É melhor esperar Candice entrar em ação. Enquanto isso posso aproveitar a presença dela aqui.
— Uma mulher traída retém um trauma, mas sabe quem estou querendo reter aqui no meu NACIONAIS - ACHERON
apartamento?
Eu beijo o rosto dela. Marianne me olha com o esboço de um sorriso. Os lábios tentam não se render, mas os olhos acabam sorrindo. Eu amo demais quando ela sorri com os olhos. É um brilho intenso que chega a me chamuscar.
— Eu preciso ir continuar minhas compras que você gentilmente impediu de terminar.
— Já que estamos aqui, por que não aproveitamos? Depois teremos tempo suficiente de conversar ou pensar nos nossos atos. E fazer compras.
Como sempre eu não a deixo pensar ou responder. Minha mão segura com firmeza seu rosto e o traz para um beijo. Ela não resiste, aproxima mais de mim e aprofunda o beijo, sua mão pousada na minha perna, bem perto do meu lugar favorito. Meu amigão já está começando a endurecer. Dou um sorriso sacana, ela percebe e tira a mão rápido.
— Para com isso. Você já tocou nele uma vez e não ficou constrangida, lembra?
Ela me olha e olha para baixo. A inocência expressa nesses olhos me enlouquece, me tira da NACIONAIS - ACHERON
realidade.
Eu me levanto, ela continua sentada na cama e eu de pé à sua frente. Meu pau já ereto quase batendo na cara dela.
— Segure nele, Marianne.
Ela engole em seco, seus olhos fixos nos meus. Lambo os lábios. Seguro no meu pênis pela base e balanço na frente dela. Com relutância, ela o toma da minha mão. Ela já tinha uma prática mais ou menos do que deveria fazer, com dedos delicados e trêmulos começa um movimento bem lento da base até a cabeça que já está grande e latejante. Ela testa: dá uma passada de mão, em seguida, afaga com cuidado minhas bolas.
— Vê como ele está babando por você?
— Você é muito depravado. Não acredito que disse isso. — Ela levanta os olhos cheios de um horror encenado.
— Pois é, eu disse. — Pego o cabelo solto dela e ajunto em um rabo de cavalo preso em minha mão. — Por que não dá um beijinho nele?
— Beijinho?
— Um jeito modesto de pedir que você o coloque na boca. — Ela fica meio desconcertada, NACIONAIS - ACHERON
mas reage rápido. Dá um sorriso muito malicioso e lambe os lábios.
— Você, modesto? Não gostei. Queria que você pedisse do jeito Graham de ser. — Dou uma gargalhada sonora. Ela apenas sorri mostrando os dentes bonitos.
— Ah! Minha menina má. Você ainda me causa um enfarto.
— Apenas diga. Quero uma mistura do profissionalismo do doutor Graham e da perversão do Sawyer depravado. — Ela continua me punhetando enquanto fala.
— Quer os dois? — pergunto, surpreso.
— Claro. Seu profissionalismo para me ensinar e sua perversão para me excitar.
— Então vamos lá. Eu quero foder sua boca.
Quero isso desde que a vi no meu consultório com aqueles óculos de executiva. Sei que você ainda não tem experiência e meu pau é grande, mas também quero que você tente engolir até eu sentir sua garganta. — Ela para um pouco de mexer a mão e fica olhando abobalhada para mim. acaricio a bochecha dela. — Quero que fique olhando para mim enquanto eu faço você lacrimejar por causa NACIONAIS - ACHERON
das socadas, será delicioso para nós dois. Eu só não posso deixar meu pau foder sua boca do jeito que ele quer, você vai acabar engasgada então prometo ser muito carinhoso. Ok?
Marianne assente. Parece fervendo de tesão.
Seguro os seios dela, cada um em uma das mãos. Eu os acaricio de baixo para cima e, em seguida, com meus dedos, pinço os dois mamilos intumescidos. Ela arqueia as costas e solta um gemido.
— Pronta para mamar um pouco o meu pau? — pergunto com uma voz bem elaborada.
Preciso usar todas as minhas cartas para continuar seduzindo-a e relaxando-a.
— Você sabe que eu nunca... — Ela para de falar, engole seco e continua. — Eu só não quero decepcionar você. Tipo, você me faz ver estrelas com a boca em mim, não sei se serei a mesma coisa.
— Eu sei que nunca fez isso. E esses encontros são justamente para ajudar você a se libertar, a ter coragem e conhecer novas fontes de prazer. É como chupar picolé ou pirulito. Assim como faz com eles, você apenas chupa e não usa os NACIONAIS - ACHERON
dentes. Faça isso comigo.
Ela comprime os lábios e me olha. Decido que tenho que ajudá-la. Tomo ele da mão dela e me aproximo um pouco mais, com muito cuidado, toco os lábios, inchados e meio trêmulos com a ponta latejante e rosada do meu pau. Marianne, com o rosto levantado, olha fixamente para mim. Ainda com muito cuidado começo a contornar os lábios dela com meu pau quase explodindo, como se estivesse passando batom.
Eu estou em uma missão de viciá-la a dar para mim. Quero Marianne caidinha aos meus pés, como eu estou aos pés dela, quero acordar de manhã e poder ser usado por ela para me aliviar.
Imagino acordar com essa boca no meu pau ou eu acordá-la com uma socada lenta e preguiçosa. Eu quero satisfazer os desejos dela, preciso que ela sinta necessidade de se aproximar de mim. O
motivo? Não sei explicar. Sinto meu corpo em chamas e a razão indo embora toda vez que estou perto dela. Isso já tinha acontecido algumas vezes, o fato de eu querer tanto uma mulher. Porém, nunca nessa proporção.
Continuo sentindo a maciez dos lábios dela NACIONAIS - ACHERON
com meu pau, modéstia à parte, bem esticado, grandão. E minha paciência já esgotando. Se demorar mais um pouco eu gozo na cara dela sem nem foder um pouquinho. Que porra! Minhas bolas doem!
Chega a um ponto que ela arfa. Eu não perco tempo, com os dedos carinhosos abro os lábios dela e me introduzo naquela pequena abertura, apenas a ponta pulsante, o que já é um grande passo. Tiro rápido.
— E então? — pergunto.
Ela fica sem fala. A boca levemente aberta, as bochechas rosadas.
— Posso continuar?
Ela balança a cabeça que sim.
Isso! Meu eu interior pula eufórico de pau duro. 1 x 0 para mim contra a resistência fraca dela.
Abaixo-me e deposito um beijo nos lábios dela.
Volto a penetrar sentindo os lábios passarem por minha pele, engulo um suspiro.
Primeiro é como se ela estivesse provando o sabor. Ela chupa a cabeça da minha rola, tira e lambe, deixa eu meter novamente e engole mais um pouco. Como eu previa, Marianne tem a boca NACIONAIS - ACHERON
deliciosa, sedosa e macia. Incrivelmente ela não fica naquela frescura de apenas dar beijinhos superficiais.
Ela chupa mesmo, com vontade. Eu ainda continuo segurando meu pau, daqui a pouco será por conta dela. Enfio e tiro em movimentos bem lentos, para ela se acostumar, conseguir uma boa técnica de respiração. Ela levanta o rosto grudando os olhos nos meus. Cacete, que porra louca! Quase estrago tudo jorrando litros na boca dela. Aqueles olhos sedentos, pedindo por mais enquanto vejo meu pau sai e entrar até a metade na boca dela.
tudo que eu sempre sonhei desde que ela entrou na minha vida.
Agora sinto a língua tímida dela se mover lentamente dentro da boca disputando espaço com meu pau. Tiro e torno a colocar. Tive todo cuidado para não assustá-la, entro só até a metade e tiro novamente.
— Tome, segure. — Pego a mão dela e faço com que segure e decida o ritmo das estocadas.
Mais tarde, outro dia eu foderia ela do jeito que quero. Hoje é apenas iniciação.
Deixando a vergonha de lado, ela começou NACIONAIS - ACHERON
o serviço. Primeiro chupa a cabeça como se fosse o tal pirulito que falei. Suga e dá umas mordidas. Eu gemo, continuo prendendo os cabelos dela em minha mão para não cair no seu rosto. Da próxima vez eu a pedirei para amarrá-los quando fossemos fazer isso.
Ela parece encantada, como uma criança quando ganha um brinquedo novo. Tira-o da boca.
Estou todo babado, ela fica olhando e ao mesmo tempo fazendo movimentos com a mão fechada em torno. Inclina para frente e beija minha virilha bem em cima do código de barras. Isso me pega de surpresa. Em seguida vai descendo os lábios em toda extensão dura e quente e beija a pontinha.
Gemo mais uma vez, foi inevitável.
Ela dá um breve sorriso e continua a excursão por minhas partes baixas. Sem nenhum pudor toca nas minhas bolas e beija ali também, em seguida passa a língua no meu saco. Quase gozei na cara dela. Minha garganta está tampada de prazer, meu coração acelerado e eu unindo todas as minhas forças para conseguir suportar por mais tempo. Me lembro dos outros orais que fizeram em mim, nenhum me deixou tão tesudo como agora.
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— Por que não tem muitos pelos? —
pergunta, acariciando minha virilha semidepilada.
— Porque eu trabalho com isso. Tenho que ter uma boa aparência.
— Para nós, mulheres, depilação é rotina, mas para vocês...
— Marianne, pare de conversar. Está me deixando louco. — Eu penetro a boca dela e segurando atrás da cabeça dou umas três investidas potentes e saio depressa para ela não engasgar.
— Tudo bem? — pergunto em alerta. Ela balança a cabeça que sim. Está até com um leve sorriso nos lábios.
— Você é muito gostosa.
Achei que ela iria levantar horrorizada por eu ter fodido a boca dela, mas acho que a reação foi contrária. Parece mais animada. Pega com firmeza no meu pau e o devora com vontade. Parece que ela sente necessidade dos meus gemidos, está adorando poder me deixar louco. Aproveitando a deixa, introduzo quase tudo na boca dela e dou mais umas estocadas profundas, com ela no controle. Ela não engasga e soube que pode engoli-lo mais.
Sinto o gozo vindo. Marianne está mais NACIONAIS - ACHERON
relaxada e chupa meu pau com um desejo alucinante, se esbaldando no pote de mel. Mas ainda não é hora de gozar na boca dela. A imagem dela toda lambuzada de porra me deixa mais excitado. Eu poderei esperar. Saio da boca dela, estou ofegante.
— Chega. Não quero ainda me acabar na sua boca. — Em seguida, e com passos trôpegos, a guio até a parede mais próxima. Faço ela levantar um pouco o bumbum e enfio minha mão por baixo das suas pernas. Está molhadinha. Viro-a de frente para mim.
— Abra as pernas por favor, minha gata. —
Eu peço e ela atende de imediato. Eu começo a me abaixar descendo minhas mãos pelo corpo dela até que estou ajoelhado à sua frente e minhas mãos na cintura delgada. Dou um suspiro.
— Continue nessa posição. Quero sua boceta
bem
aberta
na
minha
boca.
—
Imediatamente testo a umidade dela com os dedos.
Esfrego por fora, circulando o polegar no clitóris inchado. Ela está muito excitada apenas por ter chupado meu pau.
— Você me mata desse jeito! — Eu NACIONAIS - ACHERON
exclamo mais para mim mesmo. E não perco tempo em fazer o que está matando minha língua de desespero. Enfio minha cabeça no meio das pernas dela para dar a melhor lambida que ela já teve.
Quero a cada dia fazer melhor do que no dia anterior e não dar espaço para ela contestar.
Marianne geme e segura meus cabelos enquanto eu a chupo com vontade absorvendo o gosto natural. E
eu sou exigente, quero sentir tudo e fazê-la sentir também, enquanto minha língua faz movimentos rápidos lambendo-a e fodendo-a bem intimamente, meu polegar provoca o clitóris dela.
— Ah, Sawyer... Por favor, não pare. — Ela geme choramingando com os dedos segurando forte meu cabelo e a cabeça jogada contra a parede.
Eu pego uma perna dela, coloco-a sobre meu ombro deixando-a mais exposta. Continuo matando minha fome de Marianne, deixando-a arrebatada contra a parede. Trago para dentro dos meus lábios a bolinha inchada que é o clitóris dela. Chupo com cuidado, está muito sensível e sinto que ela está quase gozando.
— Não goze ainda. Eu preciso de você gozando no meu pau. Quero sentir as contrações da sua boceta gulosa.
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— Não, Sawyer! Por favor, não pare... estou quase... continue.
Eu paro. Ela me direciona um olhar tão terrível que achei que fosse uma psicopata encarnando-a.
Eu me levanto e antes de ela dizer mais alguma coisa, dou-lhe um beijo nos lábios, chupando-os do mesmo modo que chupava lá embaixo. Eu faço com que sinta o gosto dela impregnado em minha boca. Ela treme toda e eu saio de perto correndo, pego um preservativo no criado-mudo e já volto desenrolando-o no meu pau.
Viro-a, com gentileza, de cara para a parede e penetro-a sem esperar mais. Tudo de uma vez.
Marianne geme e encosta o corpo no meu.
— Isso. Assim... Eu quero tudo! —
murmura em uma voz quase inaudível, levanta a mão, jogando-a para trás, e puxa meus cabelos, minha cabeça abaixa para poder morder seu ombro.
Apesar de ter adentrado nela com força total, eu dou uma pausa e primeiro degusto-a com calma, como se prova um bom vinho, entro e saio devagar. Ela está no jeito certo para uma boa trepada, bem manhosa, mexendo a bunda e NACIONAIS - ACHERON
molhadinha por dentro. Continuo com meus lábios no ombro dela e Marianne começa a se indignar com minha vagarosidade.
Que porra! Eu preciso ir com calma para não gozar na primeira socada.
Já pronto, empurro-a para a parede e começo a socar forte.
— Aaaaah, Sawyer... Ai... Isso! Com força!
— A mão dela desce tentando tocar o clitóris. Eu a pego a tempo a coloco na parede novamente.
— Não. — Sussurro no ouvido dela. — Vai gozar apenas sentindo meu pau.
Ela geme perdendo o equilíbrio das pernas, eu continuo metendo sem parar. Uma mão no ombro e outra na cintura.
Marianne grita por causa da pressão que faço no entra e sai dolorosamente arrebatador. Só fico indignado por ter essa coisa cobrindo minha pele. Queria poder sentir ela quentinha e úmida, rebolando enlouquecida no meu pau.
— Ah, meu Deus! — grita de novo, com as mãos e o rosto na parede. Seguro nos cabelos dela e a outra mão na cintura. Olho para baixo vendo eu me mover, entrando e saindo, a visão me deixa NACIONAIS - ACHERON
doido. Posso me considerar um louco varrido, sem racionalidade
quando
estou
transando
com
Marianne. Minha. Apenas minha Marianne.
Intensifico as investidas o mais profundo possível. Enfim meu pau está encontrando o alívio que tanto esperava. Puxo um pouco os cabelos dela fazendo-a virar o pescoço de lado. Capturo seus lábios bem rápido. Marianne responde ao beijo com desespero, e tenta beijar e gemer ao mesmo tempo.
Os lamentos de puro prazer se misturam aos meus gemidos altos, continuo socando com força, ela joga a mão para trás, enterra os dedos na pele da minha bunda e me puxa gritando para eu não parar, eu continuo no mesmo pique até fazê-la gritar por causa do orgasmo que teve ali de pé.
Definitivamente comer uma mulher de pé é a coisa mais deliciosa. Só perde para a posição de quatro, bunda para cima e rosto na cama.
Torro meus neurônios com tanta loucura quando ela, no meio do gozo, joga a bunda para trás. Sinto o orgasmo vindo e ela travando a boceta em torno do pau, arqueando o corpo, pedindo por mais e tremendo toda, quase despencando no chão.
É preciso enlaçar a cintura dela e dar apoio.
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Querendo ou não um homem fica inflado e satisfeito por saber que pode causar esse abalo sísmico em uma linda mulher. Em qualquer mulher, para ser mais preciso.
Eu pressiono o corpo contra o dela, beijo seus cabelos.
— Não foi tudo ainda, devo adiantar.
Consegue me aguentar mais alguns minutos? —
pergunto ao pé do ouvido dela.
— Mais? — pergunta em um meio sorriso fraco, embriagado pelo sexo explosivo, pelo orgasmo que a fiz ter.
— Mais um pouquinho só. Será na cama, confortável.
— Você é incansável! — Ela resmunga e eu a pego no colo. Marianne passa o braço no meu pescoço e me beija.
Levo-a para cama e deitamos de lado, me posiciono atrás dela e a penetro nessa posição de conchinha. Marianne segura forte nos lençóis, eu a abraço com um braço e o outro mantendo a perna dela meio levantada para ter mais facilidade na trepada.
Os gritos e palavras desconexas dela são um NACIONAIS - ACHERON
canto para meus ouvidos, um potente afrodisíaco que já estava me levando às alturas. Quanto mais eu meto, mais ela pede que eu continue. Já está de novo no auge, gozou há pouco e nem parece. Para aumentar a intensidade, começo a manipular o seio dela e com a outra mão desço para o clitóris.
Preciso ajudá-la, nós já fodemos muito hoje, tenho que dar um descanso para ela.
Marianne crava as unhas na pele da minha perna enquanto grita por causa das minhas impiedosas estocadas. Mantive esse ritmo. Mais uma vez ela goza se agarrando com força nos meus braços e no lençol.
— Isso, goza pra mim. Sei que você gosta de tomar gostoso. — Continuo metendo. Agora eu estou livre para gozar. Não demoro para encher o preservativo de porra. Os jorros quase acabam comigo. Socado bem no fundo, todo entalado, com as bolas quase entrando, eu firmo até sentir a última gota saindo. Só depois relaxo e solto o ar em um grunhido. Tenho que lembrá-la de voltar a tomar as pílulas. Não gosto de desperdiçar minha gozada desse jeito.
Continuamos abraçados por algum tempo.
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— O que eu faço com você, Sawyer Graham? — pergunta com a voz embargada de sono. Está cansada a coitada, beijo os cabelos macios dela.
— Não faça nada, Mary. Apenas aceite.
— Falar é tão fácil. — Resmunga já grogue e de olhos fechados.
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QUARENTA E NOVE
SAWYER
Eu saio de dentro dela. Marianne já está dormindo. Tiro o preservativo e o jogo em uma lixeira. Depois deito ao lado dela cobrindo nós dois com um lençol. Marianne se mexe, mas não protesta quando eu a faço se aninhar em meu peito.
Volta a dormir imediatamente. Aspiro o cheiro dos cabelos dela, a lembrança desse cheiro de flores e limpeza junto com o perfume natural dela me embalou nos dias em que ficamos sem nos ver.
Por pouco não estaríamos aqui. Mas hoje mais cedo percebi que estavam faltando várias coisas
na
geladeira.
Contrariado,
fui
ao
supermercado, estava carrancudo de manhã. Odeio ir ao supermercado. Porém, chegando lá, decidi NACIONAIS - ACHERON
pegar um pouco de carne para fazer um assado e a vi na fila.
Eu estava absorto em pensamentos e tentando reprimir a indignação de ter que enfrentar uma fila. Minha vez tinha chegado, fiz o pedido e olhei para o lado. Ela estava falando ao celular bem baixinho. Não pude acreditar, tentei entrar em contato com ela vários dias e agora o destino a colocou na minha frente, alguns passos de mim.
Marianne desligou e olhou diretamente para mim, empalidecendo. Eu esperei ela me esnobar, passar direto como se não tivesse me visto, mas fez algo inesperado. Correu empurrando o carrinho. Quase derrubou uma pilha de produtos. Claro que eu não iria deixá-la fugir mais uma vez e o resultado da minha perseguição está aqui, me dando sensações boas.
Deitado olhando para o teto com ela aconchegada ao meu peito, acabo descobrindo a explicação de querer tanto ela perto de mim. Com um medo terrível apossando do meu peito junto com um desespero latente, acabo confessando a mim mesmo o que descobri quando ela me deixou três dias atrás no consultório e eu vi as portas do elevador se fechar. Eu estou completamente NACIONAIS - ACHERON
apaixonado por Marianne.
Essa constatação não me deixa tão abalado, pois eu já vinha há um tempo me conformando. Eu queria estar enganado, mas como posso se sinto a cada dia que passa uma necessidade de tê-la em meus braços? Como explicar o ciúme que sinto quando ela diz que precisa ficar com Ryan? Como explicar isso que nunca tive com nenhuma outra quando faço sexo com Marianne? são apenas nossos corpos que se ligam. É algo mais que me faz querer ficar deitado aqui, com ela. Só deitado.
De uma coisa eu estou certo, jamais poderei me envolver com mulheres normais como Marianne. Um dia vou encontrar alguém que me faça sentir igual e então ficarei bem. Por mais que eu queira essa daqui, preciso deixá-la ir. Conheço-a mais do ela pode imaginar e sei que ficará muito ferida se descobrir sobre meu passado. Para evitar que nós dois soframos mais tarde, eu tenho que engolir meus desejos e minha obsessão e permitir que ela se vá.
Jill sempre me aceitou porque também é da minha laia e parece que meu destino é continuar com pessoas iguais a ela.
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Como se alguém fosse arrancar Marianne dos meus braços, eu me aconchego mais e aperto-a contra meu peito. É a proposta de uma nova vida aqui, uma vida que eu adoraria experimentar.
Quando acordo mais tarde, Marianne não está na cama comigo. Espreguiço e olho em volta, não está no quarto. Levanto em um salto e olho no banheiro. Não está. Fico parado pensando nela revirando minha casa. Se ela fez isso, com certeza tinha descoberto alguns dos meus segredos.
Lembro-me da estante na sala. Nunca me importei em esconder nada, já que moro sozinho e somente Jill e meus amigos frequentavam meu apartamento.
Pego uma cueca visto enquanto caminho e avanço para a porta. Ela se abre antes de eu chegar perto.
— Oi. — Marianne me olha sorridente. Está enrolada em um lençol e segura uma pera nas mãos. — Desculpa por eu ter invadido sua casa.
Acordei faminta e peguei uma das peras que comprou mais cedo no supermercado. Não se preocupe, eu nem abri a geladeira. Não mexi em nada.
— Sem problema.
Suavizo minha expressão de espanto e NACIONAIS - ACHERON
puxo-a para meus braços. Marianne morde a pera, suspeito que para impedir que eu a beije.
— Essa casa é um paraíso para uma designer como eu. Estou boquiaberta.
— Não supôs que um cara rico como eu morasse em uma cobertura? Todos os solteiros milionários moram.
— Sim, eu supus, mas não achei que seria tão bem decorada. Não é fria nem masculina demais. É íntima e aconchegante.
— Isso é um verdadeiro elogio vindo de uma designer de interiores.
— Sempre morou aqui? — pergunta se desvencilhando dos meus braços e indo sentar em uma poltrona.
— Aqui? Nesse prédio?
— Sim.
— Eu comprei essa cobertura alguns anos atrás quando o dinheiro começou entrar.
Ela olha as coisas ao redor, passa o dedo sentindo a textura da poltrona e torna a me encarar.
— Como conseguiu sucesso entre as mulheres? Lembra-se da sua primeira paciente?
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— Lembro.
Recosto-me em uma cômoda devolvendo o olhar para ela.
— Foi ela? A sua mestra?
— Minha mestra?
— A mulher que te ensinou...
— Sei. — Eu balanço a cabeça mostrando que entendi. — Não, não foi ela.
— Hum. — Marianne resmunga e morde outro pedaço da pera. Eu fico com água na boca.
Não pela pera, mas pelos lábios suculentos que estão úmidos e se movem com delicadeza mastigando a fruta. Ela olhava para o nada pensativa.
— Sua namorada, a loira, é sua ex paciente?
— Não. — Cruzo meus braços começando a ficar irritado com o questionário. Fecho a cara para ela poder perceber, mas não dá certo.
— Ela nunca quis morar com você?
— Não, Marianne. Eu já lhe contei que nós não somos namorados. Nem mesmo amantes seria o nome adequado. Jill e eu somos amigos que tínhamos intimidade. No fim do dia, ela vai para a NACIONAIS - ACHERON
casa dela, fica com quem quer, faz o que quer e eu também. Usamos o sexo apenas para acabar o estresse.
— Mas você disse há pouco que ficou chateado por ela ter outra pessoa. Como assim?
Touché! Ela me pegou na mentira.
— Ok, eu menti para você. Não foi por causa de outro homem que fiquei chateado com Jill.
— Não quer contar o motivo, não é?
— Não.
Porque para te contar o motivo eu preciso contar vários dos meus segredinhos.
— Eu fico perplexa com como você enxerga o sexo como algo tão banal. Para mim isso é mais que dois corpos suados na cama. Muito mais —
diz, gesticulando.
— Isso depende da pessoa com quem está dividindo a cama. Eu não posso me apegar, ou estaria apaixonado por centenas de mulheres.
Minha lista não é pequena.
— Você é muito complicado. Nunca quis ter algo mais com alguém?
—
Sim
—
respondo
de
imediato
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surpreendendo até mesmo a mim. Ela me olha com expectativa.
— Oh! — Sussurra.
— Com você. Eu propus um caso, mas você escarneceu de mim. — Declaro e ela arregala os olhos, fixando-os em mim.
— Não sou afeita a essas coisas. Não sei lidar com isso. Sou tola o bastante para me apegar com qualquer pessoa que seja gentil comigo.
— E por isso eu não vou mais lhe fazer essa proposta. — Dou de ombros fingindo que não me importo se ela aceitaria ou não. Na verdade me importo muito.
— Não? Que novidade. Sawyer Graham respeitando a vontade de alguém. — Os lábios dela se curvam ironicamente.
— Estou te protegendo. Sei que eu não vou poder te dar o que quer. O que posso te dou.
— Que é apenas um caso?
— Sim.
Ela morde mais um pedaço da pera. Fico olhando seu rosto tranquilo, sua boca mastiga devagar enquanto os olhos formulam mais uma NACIONAIS - ACHERON
pergunta. Não sei por que ainda estou aqui parado esperando a próxima questão. Eu jamais respondi nada a paciente alguma. E olha que elas tentaram.
— Um caso... Algo como você teve com Jill? Eu vou poder sair com quem quiser e...
— Não. — Interrompi-a. — Com Jill eu não tive um caso. Mas se você aceitar será... Bem, eu vou colocar dessa maneira para você entender: faremos o que namorados comuns fazem. Só não sairemos juntos, se você não quiser.
— Ser amante de um homem e traindo outro. Não é para qualquer um. — Ela me encara com seriedade, refletindo.
— Termine com ele se isso te incomodar.
— Então, eu devo jogar meu futuro normal fora por causa de alguns meses na sua preciosa companhia? Se enxerga, Sawyer. Não vale isso tudo. — Ela não devia ter falado isso, me deixa mais nervoso e com ódio reprimido. Nunca tive tanta vontade de bater em alguém como tenho vontade de bater em Ryan. Dar uns bons sacodes nele e dizer que Marianne é minha propriedade.
Mas então se eu fizer isso ela acabará comigo. E
então depois eu posso acabar com ela na cama. É
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uma ótima ideia.
— Então quer mesmo se casar com ele?
— Se Ryan é o homem que está me propondo isso, sim. — Sem nenhuma convicção, como se estivesse mentindo, ela dá de ombros.
Claramente, ela está mentindo, nem quer nada com o bunda mole.
— Não pode sacrificar o precioso relacionamento que tem com ele, mas pode sacrificar sua felicidade vivendo com um homem que você não ama, só por que pode te dar um casamento?
— É mais complexo do que isso, você não entende. — Ela se levanta e vai até a lixeira jogar o pedaço restante da pera. — Ryan ou qualquer outro homem normal.
— Tente me explicar. Talvez eu entenda.
— Não envolve apenas sexo, e sim, amor.
— Ele a ama? — Foi inevitável minha risada de chacota. Eu estou sabendo de tudo que ele faz pelas costas dela, deixei com Candice as provas e logo Marianne saberá do que eu estou falando.
Ela me olha intrigada.
— Por que riu?
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— Colocaria a mão no fogo por ele?
— Não, claro que não — diz sem nem pensar.
— Então boa sorte no seu precioso casamento.
— Sawyer, eu não quero falar mais sobre isso. Vamos acabar brigando. Você não acredita em casamento e amor, já eu... Isso é o que me move.
Não estou dizendo que será o Ryan, mas um dia será. A esperança de um dia ser amada, ser levada ao altar por um homem que me queira todos os dias ao lado dele. Que não queira apenas um caso passageiro.
— Às vezes um caso passageiro tem mais resultados positivos que um casamento longo, tedioso, e, no futuro... fracassado. — Saio de perto dela e vou ao armário pegar mais preservativos.
Eu estou mesmo puto da vida. Imaginar Ryan ou outro homem se aproveitando da suavidade dessa mulher, se aliviando nesse belo corpo me dá náuseas e vontade de bater nesse infeliz. Se Candice não contar hoje mesmo, eu irei abrir o jogo para Marianne.
Sento-me na cama.
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— Vamos parar de falar? Daqui a pouco você vai embora e só vai aparecer na próxima sessão. — Estendo a mão para ela. — Vamos aproveitar mais um pouco? — Mostro o pacotinho de camisinha preso nos meus dedos. Marianne leva a mão aos cabelos e, depois de pensar um pouco, dá um sorriso e segura na minha mão. Faço ela sentar no meu colo.
Segurando os cabelos dela, eu a puxo para um beijo. Os dedos macios e delicados dela acariciam meu rosto.
— Janta comigo amanhã? — Peço no impulso.
Ela afasta o rosto do meu. Comprime os lábios e tira uma mecha do cabelo da testa.
— Acho melhor, não. Não vamos misturar as coisas. Você disse que era para voltar a ser como terapia, pelos meus cálculos essa é a penúltima sessão, então não nos veremos mais depois disso.
Sinto o baque do adeus. Desde mais cedo eu mesmo tinha pensado nisso, em deixar ela ir, mas por que quando Marianne diz parecia uma sentença de morte? Eu fico imaginando como será depois dela: irei trabalhar clandestinamente mais alguns NACIONAIS - ACHERON
meses no consultório, depois vou mergulhar de cabeça no hotel. Terei que voltar a engolir a presença de Jill, afinal eu sempre irei precisar de alguém que me ajude a prosseguir carregando essa mala enorme nas costas. Já começo a sofrer por antecedência. Eu simplesmente não irei aguentar o dia que Marianne subir ao altar com outro cara.
— Então por que não usar essa última consulta aqui? Posso cozinhar para nós dois. Vai ser divertido, eu deixo você mexer no que quiser aqui no apartamento.
— Tentando me subornar, Graham? —
indaga, os dedos acariciando meus cabelos.
— Sim. Está funcionando?
— Não.
Eu fico pensativo. Ela ri da minha cara sisuda.
— Que tal se eu te mostrar minha adega e deixar você escolher um vinho?
— Talvez. — Ela ergue os ombros e joga a cabeça de lado.
— Deixo minha barba crescer.
— Não seja tolo...
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— Não? — pergunto com um sorrisinho sacana. Mordo o lábio inferior dela. — Pense no que eu posso fazer com um queixo áspero aqui em baixo. – Levo minha mão para o meio das pernas dela. Está sem calcinha e totalmente à vontade.
Acaricio com leveza. Marianne dá um suspiro mudo. Os lábios abertos e os olhos fechados.
— E então? Pensou?
— Tá, eu que sou a tola. Você sabia que eu iria sucumbir.
— Você não é tola, apenas quer ter prazer e sabe que eu posso lhe proporcionar instantes de muita diversão.
Continuo segurando o cabelo dela, fazendo um agradável carinho no pontinho úmido entre as pernas dela. Marianne abaixa-se e abocanha meus lábios com ansiedade.
Eu confesso que sou um libertino incurável, mas ela também não fica pra trás quando o assunto é sexo. E, pelo que eu conheço, essa parte dela é desinibida assim apenas comigo.
Satisfeito com esse pensamento, desenrolo o lençol que ela usa e abaixo meus lábios nos seios empinados com os mamilos rosadinhos e NACIONAIS - ACHERON
endurecidos. Meu pau já latejava potente dentro da cueca.
Quero foder esses seios também, mas eu tenho que ir com calma com Marianne.
Jogo-a na cama, ambos com uma risada contagiante e deito por cima do corpo nu.
Marianne, toda curiosa, se apressa em passar a mão pelo meu corpo, descendo pelo abdômen, bem devagar, até me encontrar pulsante e duro dentro da cueca. Ela apalpa e dá um sorriso safado.
— Você quer? — pergunto.
— Claro. — Ela responde e enrubesce em seguida. Uau! Mesmo depois de tudo ela ainda enrubesce comigo. Beijo os lábios dela e, em troca, recebo uma massagem deliciosa daqueles dedos finos, quase ejaculo na cueca. Claro que transamos mais uma vez, daqui a pouco vamos precisar de pomada, vai estar tudo assado. O que me deixou mais fascinado foi quando ela colocou a camisinha em mim. Eu tinha pegado para vestir, ela ficou olhando e eu ofereci:
— Quer tentar? — Entreguei a borrachinha enrolada para ela.
Ela olhou confusa para mim
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— Venha, é fácil. — Ajudei a se sentar, eu de joelhos esperando por ela. Marianne joga os cabelos para trás, analisa o preservativo e depois olha para meu pênis. Fica com aquela expressão de aluna tentando resolver um problema matemático.
— Como você faz tal mágica? Não vai caber.
Jogo a cabeça para trás gargalhando, ela ri também. Não acredito em como essa mulher pode encantar tanto alguém como eu. Com ela é tudo diferente, nada de trepadas mecânicas e falsas. Os orgasmos são verdadeiros, as coisas que ela diz são verdadeiras e os gritos e gemidos nem se fala.
— Aperta a pontinha com os dedos, para não ficar ar dentro e ter perigo de estourar. —
Mostro a ela como se faz. – Agora posicione na cabeça do meu pau e comece a desenrolar a borracha até o final.
Ela segue minhas ordens. Fico mais excitado ainda, olhando ela morder os lábios concentrada no que faz. Faz uma forcinha e consegue encapar meu pau.
— E agora? — pergunta toda animada admirando o trabalho pronto.
NACIONAIS - ACHERON
Dou mais uma risada sacana.
— Você pode pressentir o que vem agora.
Só alegria. — Eu a empurro para a cama e deito por cima. — O velho e bom "papai e mamãe"? —
pergunto sugerindo o tipo de posição.
— Eu não sei. Você que é mestre nessas coisas. Estou aqui para aprender. Ela abre as pernas para me receber.
Eu a beijo e meto com força, não estou com paciência para escolher posições. Marianne segura forte nos meus braços e joga a cabeça para trás suspirando com meu nome no meio dos gemidos.
Nossas pernas se entrelaçam e nos abraçamos.
Estamos tão juntinhos que fica difícil eu me mexer. Remexo um pouco os quadris para relaxar nosso abraço e, quando tenho espaço suficiente, começo a ritmar minhas socadas.
— Está gostoso?
— Muito... — Ela geme se contorcendo e eu meto sem parar.
— Ah! Sawyer... Uui. — Ela enrola as pernas na minha cintura, prende os calcanhares nas minhas coxas, quase na minha bunda. Ela me segura firme, apertando minha pele com as unhas.
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Transamos pra valer. Suamos, mudamos de posição, nos beijamos com muita paixão. Quando percebi que ela estava quase no ponto, eu parei.
— Olhe para mim, Mary – vocifero.
Ela abre os olhos.
— Vai querer me esquecer?
— Sim. — Ela sussurra inquieta e teimosa.
— Vai conseguir?
— Graham... por favor. — Ela joga a cabeça de um lado para o outro.
— Vai conseguir, Marianne? Não feche os olhos, olhe para mim. – Comando, enfurecido de tesão.
— Não, sabe que não! — grita igualmente enfurecida e dá uma série de socos no meu abdômen. — Vou acabar com você. — Me ameaça.
— Depois. Porque agora é minha vez de acabar com você.
Satisfeito com a resposta dela, enterro meu pau até o fim e começo a socar tudo muito rápido e repetidas vezes. Marianne goza aos gritos no mesmo momento em que eu também grito jogando meu rosto para trás e tendo mais uma camisinha NACIONAIS - ACHERON
cheia. É mesmo inacreditável como consigo tanto vigor quando estou com ela. Marianne me puxa. Eu caio em cima dela e nos beijamos.
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CINQUENTA
SAWYER
— Uau! — exclama contra meus lábios.
— Sentindo-se atropelada? — Sorrio contra os lábios dela. Meu corpo grande soterrando-a.
— Sim. Você é um trator.
Saio de dentro dela e viro-me deitando de lado. Tiro o preservativo e o jogo para fora da cama.
Ficamos deitados lado a lado, olhando para o teto.
— Me desculpe por ter sido um bruto.
— Estou dolorida por sua culpa. Patife! —
Ela me dá uma leve bofetada no braço.
— Quem pode me culpar se gosto de te deixar dolorida, com a mente e o corpo cheios de NACIONAIS - ACHERON
lembranças?
Nos calamos. As respirações voltando ao normal. Dessa vez tinha sido bem intenso. Passo a mão no meu peito suado e respiro fundo de olhos fechados.
— Sawyer Graham — diz meu nome, refletindo. Eu viro meu rosto e olho. Ela me olha também.
— Eu acho seu nome muito bonito. Quem o escolheu?
Essa pergunta me pega de surpresa. Eu escolhi, claro. Não vou dizer a ela que esse não é meu nome real.
— Minha mãe, eu acho.
Dou pouca importância ao fato.
— Eu gostaria de perguntar a ela o que a influenciou a colocar esse nome no filho.
— Por quê? É tão diferente assim?
— Sim. Dificilmente a gente encontra outros Sawyer por aí.
— Eu acho que ela deve ter visto no seriado Lost. Tinha um Sawyer lá, você lembra?
Ela ri muito e vira-se de lado se apoiando no NACIONAIS - ACHERON
cotovelo.
— Não seja bobo. Você é muito mais velho que Lost.
Cacete! É verdade, nem me lembrei disso.
Afinal, eu tinha pegado o nome do seriado. Não faço ideia se existe outro Sawyer famoso. O
Graham veio de inspiração no The Graham Norton Show. Inclusive eu já tinha ido ao programa e, na entrevista, ele me perguntou sobre a origem do meu nome. Com a maior cara de pau, eu revelei que foi uma junção do personagem de Lost e o nome do programa. Claro que todos acharam que era piadinha.
— Sua mãe deve ter lido As aventuras de Tom Sawyer de Mark Twain — diz Marianne com simplicidade.
Fico perplexo olhando para ela. Então é por isso que Nigel me chama de Tom Sawyer?
Marianne me surpreende, a cada minuto me apaixono mais. Ela dá uma gargalhada e joga a cabeça para perto de mim. Se arrasta e deita mais perto.
— Ainda bem que Graham é sobrenome ou você teria a cara de pau de dizer que foi NACIONAIS - ACHERON
influenciado pelo The Graham Norton Show.
Eu rio também, mais perplexo ainda. Ela leu meus pensamentos?
Eu a puxo para ficar abraçadinha comigo e beijo seus lábios.
— E seu nome, senhorita Cooper? Devo supor que foi influência do mini cooper ou do Bradley Cooper?
Ela ri.
— Não seja tolo. Cooper é o nome do papai.
— E Marianne?
Ela fica animada e levanta o rosto se debruçando no meu peito.
— A história do meu nome é meio bonitinha. — Ela pigarreia para começar a narrar.
Eu fico afoito por dentro, quero saber da vida dela, mesmo de detalhes tão simples.
— Já ouviu os Boston? — Ela me pergunta.
— Claro. — Penso um pouco e uma luz me vem à cabeça. — Não acredito! “More Than a Feeling?” — pergunto claramente eufórico me lembrando que essa música fala de uma Marianne.
— Sim, meus pais brigaram quando NACIONAIS - ACHERON
estavam namorando e a música “More than a feeling” estava no auge. Papai cantou a música para minha mãe e eles acabaram dando o nome Marianne para a primeira filha.
— Você é a Marianne da música? — Sorrio com um ar de mofa. Depois gargalho debochando dela.
Marianne tenta fechar a cara, mas falha e acaba rindo também. Abaixa o rosto no meu peito.
— Não ria. Melhor ser a Marianne da música do que ser o Sawyer de Lost.
— Ele pelo menos era boa pinta. — Dou de ombros. — Vai saber quem era essa Marianne? Já velha nos dias de hoje, possivelmente.
— Nossa! Que tolo insuportável.
Ela senta-se, cruza os braços e não está mais rindo. Eu a puxo fazendo-a deitar em cima de mim novamente, entrelaço minhas pernas nas dela e começamos a nos beijar. Depois de algum tempo, ela para e olha curiosa para mim. Sei que vai perguntar alguma coisa.
— Hipoteticamente, se tivéssemos um caso... eu teria que morar aqui com você?
— Eu sou bem exigente, então ia preferir NACIONAIS - ACHERON
que você ficasse boa parte do tempo aqui. Assim evitaria eu ter que ir todo dia na sua casa, no seu trabalho.
— Você parece o tipo de homem sufocante.
— Na verdade, nem mesmo sei. Nunca tive alguém para saber do que eu sou capaz.
— Eu fico impressionada por um homem como você não ter sido o pegador da faculdade.
Aquele cara que dorme com todas, capitão do time de futebol. Ainda mais se chamando Sawyer. —
Ela sai de cima de mim e se deita ao meu lado olhando para o teto.
— Sim, eu fui. Não capitão, mas pegador.
Só nunca precisei e nem quis ter alguém para compartilhar meu espaço.
— E me aturaria aqui? Dormindo na sua cama, usando seu banheiro, abrindo sua geladeira?
— Não vejo problema nisso. Mas a gente teria que viver isso tudo para saber se conseguiria suportar.
— É. Tem razão.
— Mas isso tudo foi hipoteticamente, não é?
— pergunto, meio confuso.
NACIONAIS - ACHERON
— Sim, foi.
Eu viro de lado e sustento minha cabeça no cotovelo.
—
Mary,
se
hipoteticamente,
você
terminasse com Ryan... ficaria comigo?
— Em um caso?
— Não vamos chamar de caso e sim de relacionamento fechado.
— Talvez.
— Talvez? — pergunto, surpreso. Eu fico pasmo pois achei que ela iria gritar comigo e dizer que nunca faria isso.
— É... eu gostei de hoje. Do nosso sexo...
Acho que não seria grande sacrifício. Mas isso, é claro, hipoteticamente.
— Sim. Lógico — digo, concordando com ela.
— E se hipoteticamente eu viesse e sua amiga aparecesse?
— Quem, Jill?
— Sim.
— Tudo bem. Ela não se importa. É apenas uma amiga e vai manter-se afastada quando souber NACIONAIS - ACHERON
que eu estou comprometido.
— Achei que essa palavra não fizesse parte do seu vocabulário, Sawyer Graham. — Ela faz um muxoxo e uma voz engraçada.
— Não deixa de ser um compromisso. Não vou ficar com ninguém enquanto estiver com você e nem você vai ficar com ninguém. Nos divertiremos juntos, apenas nós dois. Isso aqui que a gente faz será o suficiente para mim.
— Nem mesmo as consultas?
Como eu não posso mais abrir o consultório, decido concordar.
— Nem mesmo as consultas.
— Fecharia o consultório por mim? —
Muito perplexa, ela pergunta.
— Bom, eu manteria fechado durante o tempo que estivéssemos juntos. Fidelidade seria algo que eu imporia. Enquanto durar para nós dois.
Ela fica por algum tempo me olhando calada, séria, mas vejo a sombra de contentamento cobrir seus olhos. Eles estão brilhando, como quando você imagina algo que sonha, que deseja.
Acho que Marianne está cogitando mesmo a hipótese de ser minha, somente minha.
NACIONAIS - ACHERON
— Candice teria um ataque se eu fizesse uma coisa dessas.
— Candice não tem nada a ver com sua vida, Marianne. Faça o que quiser e mostre para ela que você já é bem crescidinha. Já até aguenta uma boa trepada forte.
— Você é muito desbocado. Não acredito que disse isso.
— Pois eu disse. E se viesse para cá, teria que se acostumar com as coisas que eu falaria.
Ela ri. Nós dois rimos. Sempre Marianne finge ficar horrorizada com minha boca sem freio, mas sei que ela adora. O corpo dela denúncia.
— Alguma paciente já te propôs um caso?
Você trabalhou com celebridades lindíssimas.
— Muitas.
Ela fica calada.
— Intrigada por eu não ter sucumbido aos encantos das famosas?
— Sim, confesso que estou.
Ela diz isso e continua pensativa olhando para o teto. Eu me aproximo mais, a abraço, dou um beijinho no rosto dela. Marianne faz um leve NACIONAIS - ACHERON
carinho no meu braço.
— Vi Beatrice Morgan com vocês no baile naquele dia. É sua ex paciente?
— Sim.
—
Achei
que
você
não
tivesse
relacionamentos com ex pacientes.
— Não costumo ter, Beatrice é uma exceção.
— Foi especial para você?
— Não tive nada com ela além do consultório se é o que quer saber. E sim, ela me propôs um caso.
— E você, como um malandro livre e inveterado, não aceitou?
— Não, na época eu preferi minha liberdade, além do fato de gostar de ficar à vontade em minha casa, de pernas pro ar. Beatrice é meio paranoica com bons modos e etiqueta.
— Então você não é o cara educado e elegante que mostra?
Marianne se ajeita para ficar deitada de lado, mas com o rosto de frente para mim.
— Não, bebo cerveja no sofá, ando de cueca NACIONAIS - ACHERON
pela casa, coço o saco quando quero e não levanto a tampa do vaso sanitário.
— O famoso Sawyer Graham se portando como um homem normal? Isso eu gostaria de ver.
— Um sorriso ilumina os lábios dela.
— Minha vida está aberta caso queira fazer uma experiência.
Ela não responde, fica calada me encarando e fazendo cafuné nos meus cabelos. Nós ficamos por um bom tempo assim. Até que ela se levanta.
— Aonde vai?
— Preciso ir embora, não posso ficar o dia todo aqui deitada de pernas pro ar.
— Gosto quando fica de pernas pro ar.
Seguro o pulso dela e a puxo de volta.
Marianne caiu em cima de mim. Eu entrelaço minhas pernas prendendo as dela.
— Podíamos ir almoçar em um lugar bem distante. O que acha?
— Sinto muito, vou almoçar com Ryan hoje
— diz sem jeito. Meus braços enfraquecem ao redor dela e Marianne levanta-se. Fica olhando confusa para o quarto depois parece ter se lembrado NACIONAIS - ACHERON
que deixara a roupa lá embaixo. Enrola-se novamente no lençol e sai do quarto. Ainda fico jogado na cama olhando sério para o nada. Sem querer acreditar na porra que Marianne está fazendo com a vida dela ao se entregar para aquele merda.
A lembrança dela lá embaixo, perto da minha estante, me faz pular da cama. Encontro minha cueca na cama, visto e saio do quarto atrás dela. Marianne já tinha vestido a lingerie quando chego. Ela olha para mim por alguns instantes percorrendo os olhos pelo meu corpo, depois desvia os olhos e pega a calça. Vou para a cozinha enquanto ela termina de se vestir.
Abro a geladeira e pego água. Estou quase desidratado pelo esforço que fiz desde que ela chegou aqui esta manhã. Bebo a água e encho outro copo levando-o para sala. Marianne já estava vestida e calçava a sandália.
— Tome, beba. — Entrego o copo a ela.
— O que é? Água?
— Sim, você usou muita energia essa manhã. Coma algo nutritivo no almoço.
Ela dá um sorriso e pega o copo.
NACIONAIS - ACHERON
— Quem é? — Aponta para a única fotografia que eu tenho de Kayla. Está em um porta-retratos. Também tenho outra em moldura grande no hotel.
— Minha irmã, ela faleceu aos 13 anos.
Marianne mira os olhos meio saltados para mim. Cheios de pena.
— Ah, Sawyer!
— Está tudo bem. — Dou um sorriso reconfortante. Pego o porta-retratos onde havia uma garota sorridente de cabelos pretos como os meus.
Essa foto foi poucos dias antes... antes de tudo acontecer. Respiro fundo e devolvo o porta-retratos para o lugar.
— É por causa dela que sua mãe culpa você?
— Sim.
Eu dou de ombros como querendo dizer que não importo mais. As sobrancelhas dela se aproximam quando me encara curiosa.
— E você aceita essa culpa?
— Digamos que eu me acostumei.
Ela termina de beber a água e fica olhando NACIONAIS - ACHERON
para a foto sem tocar. Os lábios úmidos pela água gelada que tomou. Quero provar aquele frescor.
— Você é daqui de Nova York?
Vira-se novamente, me encarando.
— Não. Natural de Ohio.
— Ohio? — Ela dá um sorriso de surpresa.
— Praticamente ao lado da Pensilvânia onde eu morava. Gosto de Ohio, já fui algumas vezes lá.
— Não volto lá desde os 17 anos.
Merda! Eu e minha boca grande. Não devia ter falado aquilo. Marianne é esperta e pode fazer uns cálculos.
— Dezessete? Fez o que quando veio para cá com 17 anos? A faculdade foi só depois, não é?
Uau! Uma máquina de formular perguntas.
Isso me deixa completamente irritado e admirado ao mesmo tempo. Mesmo com minha cara de poucos amigos, ela não desconfia e continua a perguntar. Meus lábios enrijeceram em uma linha fina. Se ela continuasse com as perguntas, chegaria a um ponto que eu não queria que ninguém chegasse.
— Vim trabalhar como garçom.
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Essa é a mais pura verdade. Amanda me resgatou e me deu um emprego de fachada. Por trás... Um pseudônimo foi criado. Big Tyler. Ela me nomeou quando trepou comigo e disse que meu pau era satisfatório. Foi minha primeira vez com uma mulher de verdade, que sabia das coisas.
Marianne relaxa as expressões faciais e devolve o copo vazio.
— Hum... os melhores sempre começam por baixo. Posso usar seu banheiro? — pergunta e eu fico aliviado por não continuar revelando sobre minha vida.
— Claro, há um ali naquele corredor. —
Indico e ela sai rápido. Eu olho ela sair e volto minha visão para a foto de Kayla, depois meus olhos foram para minhas lembranças tão expostas na estante da sala. Tenho que me lembrar de limpar qualquer indício para quando Marianne voltar.
Volto para a cozinha. Ela possivelmente está arrumando os cabelos que estavam armados, denunciando que ela esteve se divertindo com um homem. No caso, eu.
Pouco depois, eu já tinha me vestido com a roupa que estava na sala. Marianne aparece com o NACIONAIS - ACHERON
cabelo amarrado em um rabo-de-cavalo.
Dou um sorriso encontrando com ela no meio do caminho. Ela permite que eu a abrace.
Automaticamente ela envolve meu pescoço com os braços.
— Por que não os deixou soltos?
Acaricio os cabelos dela.
— Porque você fica ótimo com os cabelos bagunçados, eu não.
Gosto do elogio. Sei que ela tinha um gosto velado pelos meus cabelos. Ou melhor, por mim, inteiro. Os olhos dela simplesmente não conseguem esconder a satisfação que sentem quando me vê.
— Eu posso pedir uma coisa para você?
Pergunto a ela. Marianne, toda descontraída, se aconchega em meus braços.
— Claro.
— Você se importa de voltar a tomar pílulas para nosso próximo encontro?
— Claro que não. — Ela se prontifica de imediato. Mesmo com a promessa feita em meio a lábios sorridentes, eu ainda desconfio. Semicerro os olhos mirando-a.
NACIONAIS - ACHERON
— Não vai esquecer?
— Não, acho que não.
Ela dá de ombros, continua olhando fixamente em meus olhos. O sorriso continua banhando seus lábios, chegando aos olhos.
— Marianne, se você esquecer eu vou ficar muito puto. — Aviso. Seguro firme o queixo dela, mas não é um gesto hostil. É mais como obsessão acumulada. Encosto meus lábios nos dela e Marianne muda de expressão quando o beijo breve termina. Agora está meio desconfiada.
— Por que ficaria puto?
— Porque sim. Odeio quando as pessoas levam compromissos sérios com leviandade, sem falar que não gosto de transar com camisinha. Você sabe que é muito melhor sentir pele com pele. Faça um esforço e se lembre. — Ela ri.
— Você fica com raiva por coisas bobas.
Não pode mandar em mim. Se eu não quiser tomar, simplesmente não tomo.
— Não encare como uma ordem e sim como uma recomendação terapêutica. — Ela ri e eu aproveito para beijá-la. Marianne corresponde imediatamente. Ela agarra furiosamente minha NACIONAIS - ACHERON
roupa e meus braços e eu continuo acariciando-a com minha língua e lábios na boca dela.
Afasto nossas bocas. Ela está ofegante e hipnotizada.
— Você pode vir na terça? — pergunto bem de mansinho, com uma voz sensual e baixa, meus dedos na bochecha dela.
— Vou analisar minha agenda. — Ela sussurra de volta.
— Nada de reviravoltas magníficas para me dar um bolo.
Meu olhar dominador manteve os dela preso. Marianne maneou a cabeça e forçou uma expressão temerosa.
— Ligo para confirmar?
Eu assenti com um movimento de cabeça, depois curvo-me e beijo novamente os lábios dela.
Marianne segura minha nuca. Eu me acendo todo com esse toque, me afasto antes de perder a compostura.
— Vou levá-la ao supermercado para que possa pegar seu carro.
— Não há necessidade, Sawyer — murmura NACIONAIS - ACHERON
ainda meio abalada.
— Claro que há, eu a trouxe.
Ela para de protestar, e me segue. Pegamos o elevador e caminhamos despreocupadamente para o carro que está parado no estacionamento.
Marianne entra, coloca o cinto, e eu fecho o teto antes de sair na rua. Não quero dar motivos para ela se afastar de mim dizendo que alguém a tinha visto no meu carro.
NACIONAIS - ACHERON
CINQUENTA E UM
MARIANNE
Termino as compras no piloto automático.
Nem sei o que comprei, na verdade. A plenitude que alcancei há pouco no apartamento de Graham não me deixa pensar em mais nada ao meu redor.
Meu carrinho não tinha sido retirado e ainda estava no mesmo lugar quando voltei. Terminei de pegar o que precisava, paguei e fui embora dirigindo, ainda no piloto automático. O caminho já é conhecido e não preciso da minha atenção total.
Porque, no momento, minha mente está uma confusão.
Chego em casa sem maiores problemas, os braços carregados de sacolas.
— Alice! — grito, vou direto para a cozinha NACIONAIS - ACHERON
e coloco tudo no chão. Daqui a pouco venho arrumar. Tiro a bolsa transpassada, a jogo no sofá e subo as escadas.
— Alice! — Torno a chamar. Fico surpresa por não ter ninguém no quarto dela. Olho no relógio e já é uma hora da tarde. Com certeza, a preguiçosa da minha irmã tinha ido almoçar em algum outro lugar para não fazer comida. Mas eu não tenho do que reclamar, ultimamente Alice tem salvado nosso estômago cozinhando.
Desanimada, olho ao redor no meu quarto, a cama ainda desarrumada do jeito que deixei hoje cedo.
Estou com fome, essa é a verdade, mas também estou suada e pegajosa e impregnada com o cheiro de Sawyer. Não que eu tenha nojo, gosto muito do cheiro dele, mas não quero que alguém próximo a mim sinta que estou com perfume de homem. Descarto minha roupa e, ao ficar nua debaixo do chuveiro, foi inevitável não me lembrar do que fiz essa manhã, do que ando aprontando como uma garota levada nas últimas semanas.
Hoje eu não estou mais arrependida de ter ido para cama com Graham, mas estou com o NACIONAIS - ACHERON
coração em pedaços por não poder ter uma coisa que tanto desejo. O que comecei para me unir mais a meu noivo acabou me afastando, pois hoje eu não quero outro homem que não seja Sawyer. Estou louca para me encontrar logo com Ryan e terminar tudo com ele. Devolver o anel e seguir minha vida, talvez aceite ficar com Graham, já fui trouxa mesmo até esse momento, posso ser mais trouxa aceitando ser amante de um homem rico e que não pode me dar amor. Esse é o segundo motivo para meu coração estar dilacerado. Eu fui estúpida o bastante para deixar que meu coração participasse das consultas com o terapeuta.
Ali, no consultório, teria que ser algo apenas com corpo e mente. Eu me curaria, esqueceria que um dia fiz isso e seguiria minha vida como uma mulher normal. No momento atual, estou curada, não tenho mais medo do sexo. Ao contrário, desejo muito e só serve ser for com um único homem.
Minha Marianne interior tola e facilmente manipulável, era a que estava no comando agora.
Ela, com ajuda da Marianne pervertida, sedou e amarrou a Marianne sensata e racional. Estou sem ação, não consigo pensar com a razão, não consigo raciocinar o que é melhor para mim. Consigo NACIONAIS - ACHERON
apenas pensar em como é maravilhoso o sexo com ele e, na próxima vez, irei vê-lo. Jamais aceitaria descer tão baixo a ponto de aceitar ser amante de um homem e estou cogitando isso agora.
Desligo o chuveiro, mas, pelo menos eu não choro com facilidade. Pior que aceitar ser amante é chorar por homem. Ok, confesso que chorei umas duas vezes, uma delas foi quando a tal Jill disse aquelas coisas, mais por mágoa e raiva do que por qualquer outro sentimento.
Nesse exato momento, por exemplo, eu não tenho vontade de chorar, até porque ainda poderei encontrá-lo mais uma vez. Acho que isso me deixa mais tranquila.
Visto um pijama velho e vou para a cozinha.
Sorte ter comprado tanta comida instantânea.
Recosto no balcão com um copo de suco enquanto a comida gira no micro-ondas.
Um
caso
com
Sawyer
Graham.
Instantaneamente, meus lábios se curvam em um sorriso malicioso.
Como seria morar alguns dias com ele?
Dormir e acordar juntos, fazer sexo por toda a casa e beijá-lo quando tivesse vontade...
NACIONAIS - ACHERON
Se eu aceitasse, não precisaria sofrer quando tudo acabasse na terça-feira, nosso último encontro ou última sessão. Viver alguns meses com um homem tão chocante... eu acho que não me acostumaria nunca em vê-lo desfilar de cueca pela casa. Cada dia seria como o primeiro, uma novidade para esses pobres olhos mortais.
Tiro a comida do micro-ondas e a levo para o balcão. Menti para Sawyer quando disse que almoçaria com Ryan. Nem tive notícias dele, não me ligou desde que cheguei, sabia que eu tinha chegado e nem deu as caras. Eu nem ligo, para mim, ele já é ex.
Provo a comida. Tenho certeza de que mais tarde ele vai aparecer, pedindo desculpas e dizendo que teve o dia corrido.
Mastigo como se fosse uma vaca comendo capim. A comida não tem gosto e a analogia de eu ser uma vaca está correta.
Precisei mentir para Sawyer pelo meu próprio bem, não queria ter que ficar mais um pouco na casa dele. Mais tarde, depois de almoçar, a gente faria sexo e a coisa ficaria cada vez mais fora do controle. O que ele faria se descobrisse que NACIONAIS - ACHERON
tinha sido enganado?
Como a segunda garfada de lasanha e sorrio ao me lembrar da cara que ele fez quando eu disse que iria almoçar com Ryan. Eu acho que sou mesmo lerda, até agora não consigo entender que reação foi aquela. Como mais e mais. Os pensamentos longe, as engrenagens do meu cérebro rodando. Estou com a mente ocupada demais para prestar atenção à minha volta. Nem mesmo na comida.
Sawyer não tem direito de sentir nada em relação a mim e nem eu por ele. É apenas meu terapeuta.
— O que tem seu terapeuta?
Ouço a voz e viro tão rápido que suspeito ter machucado o pescoço.
Alice está parada na porta da cozinha me olhando.
Eu e minha maldita boca que não consegue filtrar as coisas que eu penso. Acabei falando alto, até onde ela escutou? Meu Deus! Será que revelei coisas... pela cara da minha irmã, tudo parece bem.
— Oi, Alice, fui fazer compras.
— É, eu percebi. Ryan veio aqui.
NACIONAIS - ACHERON
— Veio? Ele devia ter me ligado, estou querendo falar com ele.
— O gato solitário estava abandonado lá fora e eu o coloquei para dentro — diz Alice, gracejando. — Bom ver você de volta, maninha.
— É bom estar em casa.
— Mulher! Sawyer Graham veio procurar você. Você conhece aquele homem?
Fico petrificada, mas por dentro minhas engrenagens funcionam a mil por hora. Faço uma cara de indiferente.
— Não lembra? Reformei o consultório dele, saiu na revista.
— Sim, mas estou perguntando se o conhece a ponto de ele vir até aqui.
— Eu acho que é sobre o hotel. Doutor Graham comentou que queria ver algumas ideias.
— Minto descaradamente.
— Nossa, chegou me dar um calor. O cara é gostoso com força. Fiquei sem fala quando abri a porta e vi uma celebridade parada na minha frente.
— Não pediu autógrafo, né? — indago, sorrindo, mascarando meu leve ciúme.
NACIONAIS - ACHERON
— Não, fui comportada. Mas fiquei disposta a fazer terapia.
Rio escondendo o sentimento de posse que me atinge.
Ela senta comigo e começa a falar muito animada sobre o que aconteceu no escritório esses dias. Alice parece mais contente, ultimamente ela estava tão emburrada. Ainda não vou contar a ela que pretendo terminar o noivado. Na verdade, não vou contar a ninguém, Ryan será o primeiro a saber.
***
Mais tarde, eu fui para meu quarto e foi uma das raríssimas vezes em que consegui dormir à tarde. Foi um sono pesado, mas sem sonho algum.
Na verdade, eu estava bem cansada, creio que por causa do sexo desenfreado que fiz mais cedo. Antes de deitar, liguei para Ryan e ele disse que não poderia me ver amanhã, mas que iríamos jantar na segunda. Conversamos um pouco, ele me perguntou como tinha sido a viagem, se eu estava NACIONAIS - ACHERON
mesmo descansada, me pediu desculpas por não ter vindo esperar e eu aceitei. No fundo, me senti uma vaca por estar enganando-o. Eu o traí todo esse tempo e agora vou acabar tudo.
Acordei com batidinhas leves na porta.
Abro os olhos, sento na cama me situando de onde estou. Meu quarto está imerso em uma penumbra, fechei as cortinas antes de deitar para dormir.
Levanto e abro a porta. Candice me olha sorrindo.
— Amiga! Você está um lixo. — Ela me olha com uma cara de pena. Eu respiro fundo devolvendo o abraço que ela me dá. Enfim, algo familiar para me agarrar. Alice é tão indiferente aos meus problemas, além do mais não posso nunca desabafar meus problemas com ela, não estou pronta para contar para minha irmã, minhas escapadas no consultório do doutor.
— Estou bem — respondo ainda sonolenta.
Bocejo e me afasto voltando para o quarto.
— Virou vampiro? Que breu é esse? —
Candice exclama com voz de mãe rabugenta.
Amarro as faixas do meu quimono e abro as persianas.
— Sente-se, fique à vontade. — Volto e tiro NACIONAIS - ACHERON
várias coisas de cima da poltrona, jogo tudo na cama. Candice me olha com um medo exagerado, como se meu quarto fosse uma masmorra.
— Pare de olhar. Cheguei ontem de viagem e não tive tempo de arrumar.
— E teve tempo de ver certa pessoa? —
Ouço a pergunta como um tiro no ouvido. Lá vinha a inquisição outra vez. Minhas Mariannes se acomodam em cadeiras daqueles programas de TV
de perguntas e respostas, preparadas para as perguntas de Candice. Eu viro e, com ansiedade claramente estampada nos olhos, coloco os cabelos atrás da orelha. Mordo os lábios encarando-a.
— O que é isso em sua mão? — pergunto para desviar o foco de atenção em mim.
— Venha, vamos nos embebedar um pouco e você vai me contar como anda sua vida. Espero muito, muito mesmo, que um certo terapeuta dos infernos não esteja fazendo parte dela.
— Não está, Candice — respondo, pego um copo da mão dela e sento-me no chão recostada na cama. Candice tira os sapatos e senta ao meu lado.
— Fazíamos isso na faculdade, lembra? —
Ela relembra em meio ao riso. Serviu-nos de NACIONAIS - ACHERON
champanhe e antes de beber avisa: — Sobrou do meu casamento.
— Escondidas naquele porão macabro e bebendo vodca ao invés de champanhe. —
Relembro. Toco meu copo no dela em um brinde.
— A diferença aqui é a falta da vodca, pois o porão parecia melhor que esse quarto. —
Gracejou Candice.
— Não veio aqui para criticar meus aposentos, não é mesmo? Nem toda mulher é uma madame, mulher de advogado, que tem uma cozinheira, uma faxineira, um mordomo, uma governanta e um jardineiro.
— Deus! Que vadia traiçoeira. Eu não sou casada com o... sei lá... Donald Trump.
Ela olha para mim horrorizada. Dou de ombros e bebo um gole grande de champanhe.
— Como foi sua viagem? Gostou da casa de verão?
Disso eu posso falar.
— Candy, muito obrigada. É muito boa, relaxante. Eu nem queria voltar.
— Devia mesmo ter ficado por lá. Eu não NACIONAIS - ACHERON
sei por quê, mas tenho a impressão de que você andou se encontrando na surdina com pessoas de má índole desde que chegou.
Bebo mais um pouco em silêncio. Não tem jeito, Candice é minha maior confidente, não escondo nada dela. Claro que não direi que me esbaldei no apartamento dele outra vez. Não acho que tenho necessidade de contar mais coisas para ela. Escolherei as palavras, contarei só o superficial.
Ela enche meu copo novamente.
— Fui às compras hoje cedo. Acredita que o canalha estava lá? — Faço parecer que ainda estou com raiva de Sawyer. — Tentei fugir, mas ele me alcançou. — Candice reage meio neurótica com a fofoca.
— E então?
Ela se ajeita e saltita, sentada, de frente para mim.
— Vê minha cara de morta-viva? — Aponto para minha face com o dedo indicador.
— Por isso, eu soube. Você fica com essa cara quando se encontra com ele.
— Não foi por causa de Graham, e sim por NACIONAIS - ACHERON
causa de Ryan.
Ela arregala os olhos.
— Ryan? Você descobriu alguma coisa?
Pergunta alarmada.
— Não. — Minhas sobrancelhas levantam junto com a testa. — Tenho algo para descobrir? —
Eu olho por ela para cima do copo. Tomo mais um gole, observando o arco-íris no rosto de Candice.
Azul, roxa, vermelha, pálida. Oi? Ela está se sentindo mal?
— Não, claro que não. Conte-me por que está assim por causa do seu noivo.
— Eu liguei para ele, porque me senti muito culpada pelo que fiz nessa terapia com Graham.
Apesar de não sentir mais nada por Ryan. — Não digo que vou terminar com ele na segunda-feira.
— Não contou nada a ele, não é?
— Não.
Os olhos dela relaxam e ela bebe um gole de champanhe.
— Como foi sua conversa com Sawyer?
Sabe que ele foi um cachorro com você.
— Eu fugi dele, mas fui interceptada por NACIONAIS - ACHERON
Dinah. Lembra-se de Dinah?
— Claro que lembro! Aquela safada me roubou um namorado. — Candice ralha com um ódio crônico. Ela ainda não se libertou disso?
— Vocês não namoravam, Candice. Você tinha apenas amor platônico por Clayton e ele nem sabia.
— Isso não vem ao caso. E estou superchateada por você ter dado papo para ela. —
Candice enche o copo dela. — O que ela queria com você?
— Bem, só veio atrapalhar minha vida, pois Graham conseguiu me alcançar e acredita que o patife se apresentou a Dinah como meu namorado?
— O quê?
Candice cospe o champanhe espirrando em mim. Droga! Limpo meu braço com a ponta do quimono, meus lábios ficam franzidos pelo nojo.
Candice e seu complexo de lhama.
— É, fiquei desse jeito e Dinah também. Ela não acreditou que eu, a insignificante líder do grupo de matemática, pudesse pescar um peixão daquele um dia.
— Não dê trela para ela, amiga, aquela NACIONAIS - ACHERON
mulher é uma falsa.
— Ela é gente boa, Candy.
— Falamos mal da Dinah depois, o que quero perguntar é: você ficou louca? Se Dinah descobrir algo sobre Graham... sua vida vai estar em bocas de Matilde.
— Todos conhecem Sawyer Graham. Vai ser uma notícia antiga para Dinah anunciar por aí.
— Reviro os olhos e tomo champanhe com desdém. O mesmo desdém que as madames usam para tudo.
— Mas nem todos sabem que ele faz safadezas naquele consultório.
— É, eu sei. — Penso um pouco, voltando minha mente ao lugar da nossa terapia. — A propósito, o consultório ficou ótimo. Você tinha que ter visto, amiga. — Dou um tapinha na perna dela e Candice se anima.
— E você acha que não olhei tudo no dia em que fui ameaçar o descarado? Você fez um ótimo trabalho. — Ela ri e eu levanto os ombros me exibindo.
— Eu sei, fofa.
— Ah! Voltando ao assunto, você NACIONAIS - ACHERON
desmentiu o safado, não foi? Lá no supermercado.
Ela volta a ficar na expectativa depois de perguntar.
Eu baixo os olhos. Depois olho para todas as direções, menos a de Candice.
— Marianne! Você desmentiu ele, não foi?
Torna a perguntar, rosnando.
— Não, não desmenti, deixei que conversasse com Dinah e ela até marcou de almoçarmos juntos.
— Maldita mau-caráter, sabia que Dinah não prestava. — Ela esbraveja sacudindo o copo.
Depois fica me olhando com aquela boca meio torta de repúdio e olhos horrorizados.
— Meu Deus! Por que não desceu a mão na cara dele?
— Não sei, Candice. Não sei o que deu em mim, eu apenas deixei. — Interiormente, reviro os olhos para Candice. Só vou continuar enrolando.
Não vou mais deixar que ela se intrometa.
— O que ele queria, depois que Dinah foi embora?
— Queria se desculpar pelo que aconteceu NACIONAIS - ACHERON
no consultório dele. — Eu me refiro à aparição de Jill no consultório. Candice sabe mais ou menos da história. Eu estava muito mal naquele dia e tive que contar para ela, Candice me ofereceu a casa de veraneio do marido para eu passar um tempo e relaxar.
— Sabe, eu estou até agora roxa de raiva por saber que ele conta tudo para amigos e namorada. Foi bom para te mostrar quem ele realmente é. — Candice vocifera gesticulando com a garrafa na mão. — Eu nem acredito que aquele ser psicopata tem uma namorada.
—
Pâmela
Anderson
paraguaia.
—
Completo e Candice dá uma gargalhada me fazendo rir também. — Vamos falar muito mal daquela vaca oxigenada para a orelha dela arder —
digo com a raiva estampada na voz.
— Eles se merecem — diz Candice, levantando o copo. Eu fico pateticamente parada.
— Eles?
— Pâmela Anderson paraguaia e o terapeuta cafajeste — diz sem dar muita importância.
Eu sinto algo estranho diante daquele comentário. Não, eles não se merecem. Graham NACIONAIS - ACHERON
não pode ficar com aquela múmia. Sim, porque aquela mulher não engana ninguém. Sei muito bem que ela já tem uma idade avançada. Fico calada, remoendo aquilo. Se eu aceitasse a proposta dele, eles não ficariam juntos mesmo. Se Candice soubesse da proposta, o que faria? Me amarraria ao pé da cama? Me mataria? Me levaria pra cadeia ou para o hospício? Jamais vou tocar no assunto. Rio por dentro relembrando o sexo gostoso que tive hoje cedo.
— Como ele foi com você? — pergunta Candice depois de algum tempo caladas, aproveitando o champanhe.
— Quem? Graham?
— Não, Tio Sam. Claro que me refiro ao Graham. Levou você para o apartamento dele novamente?
Sim.
— Não.
Candice faz uma pausa pensando no que iria dizer.
— E o que aconteceu? Ele não é homem só de conversar e pronto.