O Dia do Fim do Mundo
- Gordon Thomas
- 361 Páginas
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Sinopse
Fumaça sulfurosa saturou o ar de Saint-Pierre, na ilha da Martinica, Índias Ocidentais. Lava e cinzas vomitadas pelo vulcão do Monte Pelée cobriram as ruas e a população da cidade.Ainda assim, uma comissão governamental, ansiosa por abafar a verdade com palavras confortantes — aproximava-se uma eleição — alegou que a poeira de lava era sadia e benéfica para as culturas.O fim constitui um dos maiores desastres naturais de que fala a História. Cerca de 30.000 vidas foram perdidas entre o desjejum e a hora do almoço em certo dia de maio de 1902 — e toda a cidade foi obliterada. Essa história é contada em toda sua vivida e apavorante dramaticidade em O Dia do Fim do Mundo.nA semente deste livro foi plantada em outubro de 1965, quando a BBC-1 transmitiu um importante filme documentário intitulado O Dia em que o Mundo Enlouqueceu. O programa, escrito por Gordon Thomas, produzido e dirigido por Max Morgan-Witts, recebeu grandes louvores da crítica. O Dia em que o Mundo Enlouqueceu descrevia dez desastres naturais e incluía um curto relato da erupção vulcânica ocorrida na Martinica, no dia 8 de maio de 1902. Desde esse dia, os autores continuaram suas pesquisas sobre essa calamidade. Juntos, viajaram milhares de quilômetros, compilaram material em todo o mundo e entrevistaram pessoalmente ou por carta centenas de pessoas. Certo número dos relatos do que aconteceu no dia 8 de maio de 1902 foi escrito, na maior parte, pouco depois dos fatos aqui descritos, o que tornou impossível aos autores entrevistar pessoalmente os responsáveis pelas numerosas fontes a que mais tarde recorreram. Inevitavelmente, vez por outra depararam evidência contraditória, como no caso da catástrofe da usina Guérin, cujas perdas totais chegaram, para alguns, a 400; na lista total de mortos, que se alegou terem sido de 50.000; ou ainda no número de sobreviventes da cidade, que oscilou entre nenhum e quatro seres humanos. Nas vezes em que foram obrigados a escolher entre versões dos acontecimentos, valeram-se principalmente dos relatórios oficiais da Académie des Sciences, da Royal Society e do American Museum of Natural History. Nos casos em que cabia alternativa de interpretação, confiaram em seu próprio julgamento. Nesses exemplos isolados coube-lhes a decisão, e nenhuma das pessoas que tão generosamente os auxiliaram deve ser considerada como tendo automaticamente endossado este relato dos episódios, da maneira como são descritos.