Uma bela Recepção: A Jornada de Otelo: um Conto de Invocador

Otelo não quis sair. O sol estava se pondo, e o Bairro dos Anões era mais bonito do que ele jamais tinha visto. A grama acabara de ser cortada, deixando um cheiro inebriante no ar. Misturava-se com o doce tang da urze de inverno recém-florida, as flores roxas se mexendo com a brisa fria enquanto ele caminhava sozinho pelas grandes tendas de seu povo. Prédios pairavam sobre ele – e Otelo sabia que havia chegado à beira do assentamento. Virou-se e tomou a mira uma última vez. Um rei humano havia forçado os anões a viver nas favelas da cidade, cheias de prédios em ruínas e ruínas sem janelas. No entanto, os anões a haviam limpo, montando suas tendas e jardins e escavando túneis para abrigar os milhares que haviam sido forçados a entrar no pequeno gueto. Otelo sentiu um rubor de orgulho. Diante de probabilidades impossíveis, transformaram-no em um paraíso.